Na última quinta-feira (06), o Ministério Público de São Paulo denunciou Felipe Prior, ex-participante do BBB deste ano, por dois estupros e tentativa de estupro. A ação vem dois dias depois da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) concluir o inquérito sem indiciá-lo.
O arquiteto foi acusado de estupro por duas mulheres e de tentativa de estupro por uma terceira, todas sob condição de anonimato. Os casos foram divulgados pela revista "Marie Claire" em abril.
Segundo a reportagem da revista, a primeira vítima contou ter sido estuprada por Prior em agosto de 2014, após uma festa da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo). Naquela época, Prior era estudante de arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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A segunda mulher relata ter conseguido se desvencilhar de uma tentativa de estupro em 2016, durante os jogos universitários.
O terceiro caso é de 2018, e teria acontecido também durante os jogos universitários. Prior teria chamado uma mulher, hoje com 23 anos, para entrar em sua barraca. Os dois teriam começado a ter relação sexual consentida, mas ela teria pedido para parar quando ele, então, teria começado a agir de maneira excessivamente violenta.
RESPOSTAS
Procurada pelo portal UOL, a defesa de Felipe Prior enviou uma nota assinada pela advogada Carolina Pugliese:
No inquérito policial foram produzidas provas robustas que levaram a Autoridade Policial a concluir pela inocência de Felipe Prior. Foi demonstrado, cabalmente, que Felipe não cometeu crime de violência sexual nem qualquer outro crime. Acreditamos, firmemente, que a justiça prevalecerá e o Poder Judiciário chegará a essa mesma conclusão, afirmando a inocência de Felipe Prior e sepultando, de uma vez por todas, essas injustas e infundadas acusações.
Procuradas pelo UOL, Juliana de Almeira Valente e Maira Machado Frota Pinheiro, advogadas das vítimas, enviaram o seguinte comunicado:
O oferecimento da denúncia contra Felipe Prior demonstra a consistência das provas do caso, apesar das tentativas de desacreditar as acusações e as vítimas. Reforça a confiança de que o caso chegará a um desfecho com o mínimo de Justiça, apesar das marcas que estarão para sempre com toda as mulheres que sofreram abuso. Lutamos neste momento, não só para que um abusador seja responsabilizado, mas para que no futuro mulheres possam denunciar agressões sem serem atacadas, revitimizadas e desacreditadas pela sociedade e até por estruturas de Estado criadas para acolhê-las.
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