Marília Mendonça esteve entre os assuntos mais comentados das redes sociais desde a noite de domingo (9), após ser acusada de transfobia.
“Aceito que fui errada e que preciso melhorar. Mil perdões. De todo o coração. Aprenderei com meus erros. Não me justificarei”, escreveu a cantora após o “cancelamento” nas redes sociais.
Marília Mendonça pede desculpas após ser acusada de transfobia: “Fui errada”
Após a polêmica, a cantora Majur pontou uma arte ao lado de outras cantoras trans brasileiras: Liniker, Linn da Quebrada, Urias, Cady Mel e a paraense Leona Vingativa. Na legenda, escreveu: “Respeitem a nossa existência”.
Até a noite desta segunda (10) a publicação já possuía 4 mil retuítes e 28 mil curtidas.
Entre os comentários, estavam lá o de Manuela D’Ávila (“Divas”) e o de Gaby Amarantos, que encheu a publicação de corações.
Respeitem a nossa existência ❤️🌺❤️ pic.twitter.com/SSCY3BKjKY
— Majur (@Majur) August 10, 2020
ENTENDA
Durante novo show transmitido online no último sábado (8), o tecladista que acompanhava Marília Mendonça pediu que ela contasse a história de uma das músicas apresentadas no repertório; a história envolvia um de seus músicos e teria acontecido em uma boate conhecida pelo público LGBT em Goiânia (GO).
A Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) emitiu uma nota em que disse repudiar os comentários e questionou: “Imaginem as pessoas rirem porque alguém ficou com uma mulher negra? Com uma mulher gorda ou com uma pessoa com deficiência? Isso é aceitável? Zombar de uma característica que não define a pessoa? Porque que no caso das pessoas trans, a gente deveria aceitar isso?”
“Não achamos que a cantora Marília Mendonça deve ser cancelada. Ela deve ser acolhida e responsabilizada. Ela tem milhões de seguidores e tem acesso à informação e a formação que a maior parte dos brasileiros não têm. Ela influencia milhões de pessoas que a seguem”, diz a Antra que, após o pedido de desculpas, se colocou à disposição para dialogar com a cantora.
Desde que o isolamento social começou a ser adotado para conter a pandemia de coronavírus, foram registrados 26 casos de assassinatos de mulheres trans e travestis no país. Um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Antra.
Segundo a Antra, em 2019, a transfobia fez pelo 124 vítimas no Brasil, contabilizando a média de uma morte de pessoas trans a cada três dias no País.
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