O ator John Boyega tem sido ativo nas questões Black Lives Matter, movimento antirracismo que ganhou força após a morte de George Floyd, nos Estados Unidos. Em uma entrevista à revista “GQ”, divulgada na última quarta-feira (2), ele criticou a produção de “Star Wars”, na qual interpretou o personagem Finn.
Boyega criticou os produtores pelo tratamento diferenciado que Finn recebeu, o que segundo o ator, é explicado por sua raça. “Eles sabiam o que fazer com Daisy Ridley e Adam Driver. Mas quando chegou a Kelly Marie Tran e o John Boyega, não sabiam nenhum pouco”, afirmou. “Então, eles querem que eu diga ‘gostei da experiência, foi ótima’. Não, não, não. Eu vou dizer quando for uma grande experiência.”
Para o ator, outros personagens foram muito mais aprofundados do que o seu e o de Tran, atriz de ascendência asiática. “Eles deram todas as nuances para Adam Driver e Daisy Ridley. Sejamos honestos. Adam sabe. Daisy sabe. Não estou expondo nada desconhecido”, criticou.
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Boyega disse ainda que aconselharia Disney a não fazer marketing em cima de um personagem negro que é “diferenciado na franquia” e classificou a atitude como algo ruim e semelhante a “jogar de lado” o artista.
O ator apareceu pela primeira vez na franquia em “Star Wars: O Despertar da Força”, lançado em 2015, e voltou em “Star Wars: Os Últimos Jedi” e “Star Wars: A Ascensão Skywalker”.
“Sou o único integrante do elenco que teve sua experiência na franquia baseada na raça. Uma coisa dessas te deixa com raiva. Te deixa mais militante, muda você”, afirmou ele à revista. “Você percebe ‘eu ganhei essa oportunidade, mas estou numa indústria que nem está preparada para mim’. Ninguém viveu isso, e ainda assim, tem gente surpresa que estou assim. Essa é a minha frustração.”
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