Ex-global é acusada de enganar juiz para ficar com R$ 10 mi

Conforme o avançar da idade, os humanos estão sujeitos a perder capacidades cognitivas, mobilidade, entre outras questões que a velhice traz para a rotina das pessoas da "melhor idade". A meta da maioria dos idosos, ao chegar nesta fase da vida, é vivenciar dias tranquilos, de descanso e paz. Porém, fatores externos podem acabar com tal sossego.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou a ex-atriz da TV Globo Suzy Camacho, de 61 anos, por suposta utilização de atestados médicos ideologicamente falsos para enganar a Justiça e, com isso, liberar R$ 10 milhões das contas do marido, o empresário Farid Curi, de 85 anos.

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Ela, que já atuou em novelas como "Brega & Chique" (Globo) e "A Força do Amor" (SBT), é casada desde 2013 com o milionário, que já foi um dos sócios da rede de supermercados "Atacadão", antes da compra do negócio pelo Carrefour em cifras que ultrapassam os dois bilhões de reais, em 2007.

A polêmica sobre a liberação de R$ 10 milhões das contas de Farid começou depois dos filhos do empresário entrarem na Justiça, em 2020, para bloquear o pedido de retirada do valor de um fundo de investimentos.

De acordo com o Ministério Público de SP, a atriz conseguiu reverter a decisão do bloqueio após apresentar atestados ideologicamente falsos sobre a saúde mental de Farid. O MP pontua que o empresário está internado, desde 2020, por conta de danos neurológicos provenientes de uma paralisia cerebral.

Na argumentação, o MP ressalta que os médicos que emitiram os atestados foram "ludibriados" pela ex-atriz, a qual teria escondido e distorcido a realidade pela qual se faziam necessárias as declarações dos profissionais de saúde sobre o estado e a capacidade mental de Farid.

Em depoimento colhido, um dos médicos chegou a afirmar a Suzy que Farid sofria com problemas de memória, "demência" e outras dificuldades cognitivas, que tornavam impossível ele ter "aptidão para atos da vida civil".

No entanto, a pedido da atriz, ele teria deixado de expor tais informações negativas ou prejudiciais no atestado, que teria sido um dos laudos usados para reverter o bloqueio dos R$ 10 milhões do fundo de investimentos de Farid na Justiça.