Em tempos de ditadura militar, conservadorismo e pudores de várias gerações, Erasmo Carlos cantava sobre assuntos que eram tidos como grandes tabus.
O cantor e compositor, que morreu nesta terça-feira (22), aos 81 anos, cantou de forma corajosa sobre sexo e as mais diferentes características do desejo sexual em suas canções.
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Uma das primeiras canções a abordar o tema foi "O Terror dos Namorados", lançada em 1965. Na música, que faz parte do álbum "A Pescaria", o artista cantou "eu beijo", mas, se não fossem os militares, teria entoado "eu fodo".
"Antigamente, era 'beijo, beijo, beijo' porque não podia dizer 'fodo, fodo, fodo'. Cada época é de uma maneira, mas sempre falei de sexo", revelou o cantor, em entrevista à imprensa de Belo Horizonte, em 2015.
Na década de 1980, com "Cavalgada", o músico descreveu um ato sexual: "Usar meus beijos como açoite e a minha mão mais atrevida. Vou-me agarrar aos seus cabelos, para não cair do seu galope".
Com "O Côncavo e o Convexo", ao lado de Roberto Carlos, Erasmo cantou o encaixe dos corpos de maneira mais poética, mas não menos ousada para a época. O rei Roberto, inclusive, tinha medo de se apresentar com a faixa no começo. "Quando a gente se beija, se ama e se esquece da vida lá fora", diz um dos trechos da composição.
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