O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro liberou a realização de ensaios técnicos das escolas de samba após nova vistoria na Marquês de Sapucaí. A corporação havia proibido os desfiles após constatar problemas de segurança na noite desta sexta (27).
"Após a análise dos pontos avaliados como pendentes na inspeção de ontem e averiguação de solução de todos os problemas apontados, foi emitido documento liberando especificamente os ensaios deste sábado e domingo", informou o órgão em nota.
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Dois restaurantes que foram encontrados em funcionamento sem autorização, porém, foram fechados. Eles só poderão ser reabertos quando houver regularização.
A vistoria anterior havia concluído que a pista não tinha "as condições mínimas de segurança", achando defeitos nos dispositivos de acionamento dos hidrantes em três setores e constatando a ausência de mangueiras e conectores.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), a quem o Sambódromo é concedido pela prefeitura para o evento, afirmou que realizou as correções necessárias e que as mangueiras normalmente só são colocadas no dia dos ensaios porque são alvo de furtos.
Neste sábado, vão ensaiar na avenida as escolas da Série Ouro: União de Jacarepaguá, Acadêmicos de Vigário Geral, Unidos de Padre Miguel e Unidos Porto da Pedra. Neste domingo (29), será a vez da Mocidade Independente e da Mangueira.
Para a liberação do Sambódromo especificamente no feriado de Carnaval, será preciso uma nova inspeção, além da prorrogação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre os bombeiros e a empresa municipal Riotur, para a regularização da documentação.
Segundo a corporação, o imbróglio começou após o vencimento desse TAC. A prefeitura entrou com um pedido de prorrogação do termo, mas a Riotur ainda não assinou o documento. Isso deve acontecer até terça-feira (31), e depois disso os bombeiros agendarão a última vistoria.
Na última quinta (26), a Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou cinco pessoas pelo homicídio doloso de uma menina de 11 anos que foi prensada por um carro alegórico na dispersão de um desfile da Sapucaí, em abril do ano passado. Raquel Antunes da Silva teve uma perna amputada e morreu dois dias depois.
Foram apontados como autores Flavio Azevedo da Silva, presidente da escola de samba Em Cima da Hora, Daniel Oliveira dos Santos Junior, engenheiro civil responsável pelo carro, José Crispim da Silva Neto, coordenador da dispersão, Carlos Eduardo Pereira Cruz, motorista do reboque, e Wallace Alves Palhares, presidente da Liga das Escolas de Samba da Série Ouro (Liga RJ).
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