Considerada um dos maiores exemplos para profissionais da área pela louvável trajetória na imprensa brasileira. Glória Maria faleceu no Rio de Janeiro aos 73 anos. Ela estava afastada da TV Globo desde dezembro de 2022, para tratar metástases de um câncer no cérebro.
Na última quarta-feira, no baú da revista TPM, relembrou uma entrevista da jornalista Glória Maria, em 2011, em que ela falou sobre liberdade, racismo e toda trajetória que a tornou uma das maiores jornalistas do Brasil.
No entanto, diante do anúncio do falecimento da jornalista na manhã desta quinta-feira (02), um dia após o post, alguns internautas chegaram a comentar nas redes sociais, que a homenagem teria sido uma premonição.
“Gente, li isso ontem e hoje acordei com a triste noticia do seu falecimento. Estou sem palavras. Perdemos uma mulher IMENSA. Obrigada por tudo Gloria”, disse uma internauta surpresa.
Uma outra, sem acreditar, disse. "Vi ontem esse post e fiquei assustada, pois imaginei q ela tivesse morrido, fiquei mais aliviada Qnd li a reportagem. Mas agora.. essa notícia triste 😔 Glória Maria Icônica . "Gente, isso foi um coincidência???" Questionou outro.
Jornalista Glória Maria morre aos 73 anos
Famosos lamentam morte de Glória Maria: ‘marco na história’
Leia um techo da entrevista:
"Fui a primeira pessoa do Brasil a usar a Lei Afonso Arinos. Na época, racismo não era crime, era só contravenção. O gerente de um hotel tentou me proibir de entrar pela porta da frente. Aí chamei a polícia. Foi quando percebi que tudo o que eu tinha tentado aprender na minha vida deu resultado", conta Glória Maria (@gloriamariareal). Primeira repórter negra da TV Globo, a jornalista abriu caminhos para que outras mulheres tivessem espaço e voz para contar as histórias que quisessem: "Quando apresentei o Fantástico, para muita gente, era uma agressão eu estar lá. 'Como uma mulher negra pode estar apresentando um programa que é símbolo de glamour, de mulheres lindas?'. Eu era muito mais cobrada'. Em 2011, ela estampou as Páginas Vermelhas da Tpm numa entrevista sobre carreira, vida pessoal, liberdade, racismo e etarismo. "O tempo de cada um é diferente. Isso é uma coisa que aprendi com o budismo. O que é 24 horas para você, é diferente para mim. Se o seu tempo não é igual ao meu, por que a gente vai medir o tempo cronológico das pessoas com a idade? Isso é uma bobagem! Mas não tenho nenhuma queixa. Tá tudo certo. Não quero ser mais nova. Nem mais velha. Estou do jeito que queria estar. No meu tempo."
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar