“Regina, o que aconteceu com você?". Essa foi uma das perguntas feitas pela atriz Elisa Lucinda, de 64 anos, na última vez em que se encontrou com Regina Duarte. A revelação foi feita em uma entrevista à revista "Veja", na qual a intérprete de Marlene, na novela "Vai na Fé", falou sobre as divergências políticas que provocaram o fim da amizade com Regina Duarte.
A atriz afirmou que desde que o afastamento entre ambas começou em 2018, quando a ex-amiga passou a atuar como militante de extrema-direita e defender o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, chegando a usar as redes sociais para disseminar fake news a respeito das eleições presidenciais de 2022.
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“Tenho um patrimônio no meu coração do que a gente viveu, fomos muito amigas, mas não reconheço mais essa mulher. Sempre que eu estreava em São Paulo, ela fazia festas na casa dela. Foi uma professora para mim. E era muito querida, sempre anti-glamour. Quando começou a onda bolsonarista, tentei falar com ela. Não consegui, ela não me atendia. Foi tudo muito violento”, lamentou Elisa Lucinda, na entrevista publicada no último fim de semana.
A atriz deu detalhes sobre esse encontro com Regina Duarte, recordando que quase não a reconheceu na ocasião. "Em setembro ela foi a uma apresentação minha em São Paulo. Ela estava de máscara, chapéu, totalmente escondida; e eu autografando livros. Foi quando ela furou a fila. Falei: ‘Minha senhora, tem que esperar’. E ela: ‘Eu quero um autógrafo’. Respondi: ‘Quando chegar a sua vez eu faço’. E ela: ‘Não está me reconhecendo? É a Regina’. Olha, foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida, comecei a chorar. Eu disse: ‘Regina, o que aconteceu com você?’. E ela: ‘Eu amo você’ e me deu uma carta linda. Ainda disse a ela: ‘Você não está vendo quem é esse homem?’", relembrou.
Na oportunidade, segundo a atriz, a ex-amiga a convidou para participar da montagem de uma peça de teatro. “Me chamou para fazer a peça do Jô Bilac e me deu um texto escrito com meu nome, como se eu já fizesse parte do elenco. Aí me revoltei: ‘Jô Bilac é preto, viado, não acredito que você vai fazer parte da peça, ele sabe? Eu não posso fazer peça com você, você é bolsonarista. Você luta contra o país que eu acredito’. Disse tudo isso chorando. Voltei para casa e liguei para o Jô. Ele disse que não sabia de nada de peça!”, detalhou.
Emocionada, Elisa Lucinda também lembrou a forma inusitada como a longa amizade com Regina Duarte teve início. “Quando fizemos a novela Páginas da Vida, do Manoel Carlos, em 2006. O telefone tocou, era ela. Pensei que era uma amiga pregando uma peça! Ela: ‘Seremos amigas na novela, a gente tem que se conhecer. Queria que você dormisse na minha casa, faço uma sopa e colocamos os assuntos em dia’. E aí começou uma intimidade doida. Ela veio na minha casa, comemos bolo. Somos aquarianas, adoramos poesia, Fernando Pessoa, caderninhos com purpurina e decalque. Fomos encontrando afinidades. Em 2012, fui homenageada no carnaval de Vitória. Regina comprou passagem e foi desfilar comigo!”, comentou.
Sobre uma posição reaproximação com a ex-amiga, a atriz saiu pela tangente com uma resposta evasiva: “Eu a amei muito. Há um lugar em mim que ama uma outra Regina”.
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