A quantidade de registros de racismo, injúria racial, gordofobia, homofobia e transfobia aumentou no último ano, como mostram os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Segundo os levantamentos, as ocorrências saltaram de 1.464 casos em 2021, para 2.458 em 2022. A taxa nacional ficou de 1,66 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 67% de um ano para o outro.
Na última quarta-feira (27), a atriz Cacau Protásio, publicou um desabafo em seu Instagram a respeito de ataques racistas que sofreu dentro do quartel do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. O caso ocorreu em 2019, durante a produção do filme 'Juntos e Enrolados', ela foi vítima de ataques racistas, homofóbicos e gordofóbicos por parte de agentes.
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Nesta semana, a Justiça do Rio de Janeiro determinou, em segunda instância, que a artista seja indenizada em R$ 80 mil por ataques e ofensas raciais que sofreu. A decisão motivou os ataques expostos por ela.
"P*rra, ser preta é f*da! Tenho que provar que sou boa todos os dias. Tenho que falar baixo senão sou chamada de agressiva ou barraqueira. Se sou injustiçada, ofendida, agredida… eu ainda estou errada. Pagam pra assistir a comediante branca, [mas] são poucos que pagam pra assistir a uma preta", começou.
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Cacau também reclamou da falta de oportunidades como artista. "Eu sei fazer, eu sei interpretar muito bem, só preciso de espaço pra ser protagonista, pra ter um programa meu, é só vocês me abrirem as portas. Eu amo coisas boas, é só querer me convidar, me chamar pra partilhar. Consumo igual todas as pessoas, hoje eu posso mais, se me derem espaço posso representar essas grandes marcas. Tô cansada, eu não posso me achar…", completou.
CONFIRA O DESABAFO:
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