![O jornalista afirmou estar com a “consciência tranquila”. Imagem ilustrativa da notícia Bocardi reage à demissão e prepara processo contra a Globo](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/640x360/X---2025-02-06T074828190_00893440_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2FX---2025-02-06T074828190_00893440_0_.png%3Fxid%3D3003031&xid=3003031)
Imagine dedicar 25 anos de sua vida a uma empresa, construir uma carreira sólida, tornar-se um dos rostos mais conhecidos do jornalismo matinal e, de uma hora para outra, ver tudo isso ruir por uma demissão drástica. Foi exatamente o que aconteceu com o jornalista Rodrigo Bocardi. O ex-apresentador do Bom Dia São Paulo foi desligado da Globo na última quinta-feira, dia 30 de janeiro, de forma nada convencional: por justa causa. Agora, ele se prepara para levar o caso à Justiça.
A decisão de demitir Bocardi dessa maneira veio após uma investigação interna conduzida pelo Comitê de Auditoria e Compliance e pela Comissão de Ética e Conduta da emissora. Segundo informações divulgadas pelo Notícias da TV, a Globo considerou “muito grave” a denúncia apresentada contra o jornalista, que supostamente teria descumprido normas éticas da empresa. O caso ainda envolve um segundo profissional da comunicação, um assessor de imprensa cujo nome não foi divulgado.
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De acordo com a denúncia, Bocardi teria cobrado dinheiro de empresas de ônibus, coleta de lixo e obras públicas para evitar críticas durante o Bom Dia São Paulo. O jornalista nega qualquer irregularidade e, por orientação de seus advogados, tem evitado conceder entrevistas. No entanto, usou suas redes sociais para se manifestar brevemente, afirmando estar com a “consciência tranquila”.
Esquema milionário e suposta participação de assessor
As acusações contra Bocardi vão além. A denúncia também aponta um esquema milionário que teria como operador um assessor de imprensa que trabalha para partidos políticos e empresas prestadoras de serviço para o governo. Segundo o Notícias da TV, esse profissional seria dono de uma agência de relações públicas e teria cobrado altos valores de empresários para evitar que suas empresas fossem alvo das críticas de Bocardi no telejornal matinal.
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O assessor nega qualquer envolvimento ilícito e afirma que sua relação com o ex-apresentador se limitava ao vínculo profissional entre assessor e jornalista.
A demissão por justa causa de um jornalista do porte de Bocardi é um caso raro na Globo. Nem mesmo Dony de Nuccio, que em 2019 negociou um contrato de R$ 60 milhões com o Bradesco, recebendo dinheiro de uma empresa sem comunicar a emissora — o que fere o código de ética da casa —, foi dispensado da mesma maneira.
Agora, Bocardi enfrenta uma batalha judicial contra a Globo. A dispensa por justa causa o impede de receber benefícios como a multa de 40% sobre o saldo do FGTS e o aviso prévio.
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