Paraenses dançam tecnomelody na Times Square e viralizam

Imagine estar em plena Times Square, em meio a telões gigantes, turistas do mundo inteiro, luzes por todos os lados… e de repente, começa a tocar tecnomelody paraense bem no coração de Nova York. Foi exatamente isso que aconteceu com os influenciadores paraenses Samara Castro e Lucivan Ferreira, que chamaram a atenção do público local e viralizaram nas redes sociais ao dançarem o hit “Eu Largo Tudo”, da banda AR15 — um tecnomelody inspirado na clássica “Empire State of Mind” de Jay-Z e Alicia Keys.

Vestindo orgulho e identidade, Lucivan usava uma camisa com a estampa do Pará, enquanto Samara apareceu com um look nas cores da bandeira do Estado, inspirado no estilo icônico da cantora Joelma. O vídeo já acumula mais de 130 mil visualizações e segue ganhando o coração da internet.

“Só a gente sabe a importância de nossos sonhos”, comentou um seguidor emocionado. “Esse sonho é tão forte que tatuei em meu braço como lembrete diário de que tudo é possível quando a gente acredita.” Outro resumiu bem: “Direto de Belém do Pará para o mundo!”

Como tudo começou

Em entrevista exclusiva ao DOL, Lucivan contou que conheceu Samara pelas redes sociais, e logo de cara sentiu uma conexão com a paraense. “Ela me lançou o convite para dançar na Times Square e eu topei na hora! Quem me acompanha sabe que dançar faz parte da minha rotina”, disse, aos risos.

Para Samara, a ideia foi mais que uma performance: foi uma ousadia com propósito. “Eu nunca vi ninguém fazendo isso na Times Square. Escolhemos essa música da banda AR15 porque ela tem essa referência à Nova York. Foi uma forma de conectar nossas raízes com o mundo”, explica.

Dançar tecnomelody no meio da Times Square? Sim, com produção e tudo!

O local escolhido para a gravação foi uma área paga, usada por turistas para registrar vídeos com celular em 360°. “Tentamos gravar no meio da Times, mas estava muito lotado. Encontramos esse espaço e pagamos 20 dólares para usar. A nossa música tocou lá para todo mundo ouvir, ficou tocando em alto e bom som”, lembra Samara. “Detalhe: eu troquei de roupa ali mesmo, no meio da Times Square!”, conta ela, com bom humor.

A reação dos americanos foi imediata: curiosidade, aplausos, fotos e vídeos. “Teve gente que veio perguntar de onde a gente era, muitos comentaram do meu look, tiraram foto e gravaram a gente dançando”, lembra a influenciadora.

Orgulho do Pará, mesmo a quilômetros de casa

Lucivan vive há quatro anos fora do Brasil. Casado com uma americana e pai de uma filha, ele mantém a cultura paraense viva dentro de casa. “A gente dança as músicas de lá, temos açaí na geladeira, e até encontrei tambaqui num mercado brasileiro aqui perto. Deus é paraense!”, brinca. “Minha esposa morou no Pará, fala português com sotaque paraense e ama mapará e pupunha!”

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Quem é Lucivan?

Nascido às margens do majestoso Rio Amazonas, na comunidade de Correio do Tapará, Lucivan deixou o interior paraense aos 17 anos e seguiu rumo à Santarém, no Oeste do estado. Por lá, estudou Recursos Humanos, atuou como coordenador de eventos e, mais recentemente, mergulhou no universo do teatro.

Aos 23 anos, o destino cruzou seu caminho com o de uma americana que vivia temporariamente no Pará — e foi aí que começou uma nova história. Hoje, Lucivan vive com a esposa e a família no estado da Virgínia, no sudeste dos Estados Unidos, onde se define como um eterno sonhador.

Nas redes sociais, ele encontrou uma forma leve e bem-humorada de matar a saudade de casa: compartilha cenas do cotidiano de um paraense nos Estados Unidos na página Paraense na Gringa, misturando humor, cultura e um toque de nostalgia amazônica.

Samara: talento, coragem e conexão com o mundo

Samara Castro está passando uma temporada em Nova York após ser convidada para participar do “Workshop das Estrelas”, em Orlando. Formada em jornalismo, espanhol e publicidade e propaganda, além de atriz, ela decidiu aproveitar a oportunidade para expandir seus horizontes, aprimorar o inglês e fazer networking.

Com uma carreira que inclui viagens por diversos países, ela mostra que determinação, estudo e ousadia são chaves para romper fronteiras. “Sair do comodismo é a chave. Eu fico honrada, em êxtase de ter conseguido fazer isso. Levar o Pará comigo aonde eu for é um privilégio.”

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Mais do que uma dança, um manifesto cultural

O vídeo que conquistou milhares de visualizações não é apenas sobre dois paraenses dançando: é sobre pertencimento, representatividade e coragem de levar sua identidade ao centro do mundo. Em pleno cruzamento mais famoso e icônico de Nova York, o Pará brilhou mais uma vez.

Assista ao vídeo viral:

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