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O que pode causar perda gestacional na reta final da gravidez?

Condições desenvolvidas na gravidez podem causar óbitos dos bebês na fase final da gestação

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Imagem ilustrativa da notícia O que pode causar perda gestacional na reta final da gravidez? camera Apresentadora estava grávida de 33 semanas quando anunciou a perda do bebê | (Leo Franco/AgNews)

A jornalista e apresentadora Tati Machado, 33, anunciou nas redes sociais que na última segunda-feira (12) teve uma perda gestacional na 33ª semana de gravidez. No mesmo dia, a atriz Micheli Machado, 44, também comunicou uma perda tardia, ela estava grávida de 9 meses.

Sem causa aparente para os óbitos, especialistas ouvidos pela Folha explicam que, na fase final do período gestacional, é comum que as mortes estejam relacionadas a condições desenvolvidas especificamente na gravidez, como hipertensão e diabetes.

Presidente do Departamento de Neonatologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a médica Lícia Moreira afirma que a hipertensão gestacional, especificamente, é uma das principais causas desse óbito tardio e episódios como os sofridos por Tati e Micheli podem acontecer após uma crise hipertensiva.

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"Acontece uma vasoconstrição e o sangue destinado da placenta para o feto é entregue em menor quantidade e, consequentemente, entrega menos oxigênio", explica Moreira.

Com a baixa oxigenação é comum que o bebê pare de se mexer e tenha uma morte súbita. Já no caso da diabetes gestacional, segundo ela, pode ocorrer o deslocamento de placenta que também é comum nos óbitos mais tardios.

Outras condições de alerta para eventuais complicações tardias, de acordo com Moreira, são infecção urinária que pode evoluir para uma infecção sistêmica, assim como o rompimento da bolsa.

Abortos espontâneos no início da gestação, para a especialista, são mais comuns por condições relacionadas ao feto como deformidades e má formação. Aquelas que acontecem no último trimestre gestacional, no entanto, são majoritariamente relacionados a complicações maternas.

Presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), o médico Elias de Melo Junior, diz também que as mortes tardias são raras, acontecem após o 4º mês de gestação e podem estar relacionadas a problemas específicos do feto que só aparecem com o tempo.

Um sinal de alerta, segundo ele, é o diabetes gestacional, comum a partir da 26ª semana, mas que algumas pessoas podem desenvolver ainda mais tardiamente, ou seja, até a 34ª. "Essa doença, especificamente, se você não investigar, não vai descobrir porque ela não tem uma característica física", diz Junior.

Já a hipertensão costuma acontecer por volta da 20ª semana, próxima ao 3º trimestre. De acordo com o especialista, obesidade e síndrome do ovário policístico podem estar relacionadas com o aumento do risco de desenvolvimento de diabetes e hipertensão gestacional.

Se a paciente for portadora de hipertensão severa também pode evoluir para a DHEG (doença hipertensiva na gravidez), também conhecida como pré-eclâmpsia.

O exame para constatar ou não a presença da diabetes gestacional é feito por volta da 26ª semana para ver se a paciente tem risco de diabetes. Já a hipertensão é monitorada com a medição da pressão.

Agora, se a pressão está normal e ainda assim ocorre o óbito tardio na gestação, o quadro pode estar relacionado à trombofilia. "É comum em pessoas que têm tendência de formação de trombos, ou seja, coágulos que impactam a circulação da placenta e pode provocar uma morte súbita, sem causa conhecida", diz Junior.

O especialista explica ainda que em casos de morte súbita em que se estava tudo bem com o bebê, pode ser que nos últimos exames feitos estivesse tudo bem, mas que no momento já não estava mais. No entanto, ele reitera que não é comum óbitos nesse período gestacional sem causa aparente.

Após a perda gestacional tardia é comum, inclusive, que a placenta seja enviada para estudo para entender o porquê da morte. "Investigamos se tem alguma má-formação congênita, problemas cardíacos ou pulmonares", completa o especialista.

Dentre os sinais de alerta, Júnior explica que é importante verificar os sinais do bebê, especialmente após a 22ª semana, quando começam a se movimentar. Depois das grandes refeições, por exemplo, é comum sentir essa movimentação entre uma e duas horas após a ingestão dos alimentos. "Mas se sentir que ele não se mexeu, é bom procurar um médico para ver o porquê isso está acontecendo", afirma Júnior.

Para prevenir qualquer tipo de complicação, o especialista diz que exercícios físicos como caminhadas e o controle para evitar o ganho excessivo de peso são aliados durante o período.

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Pacientes de gravidez de alto risco devem se atentar ainda à frequência das ultrassonografias --que devem ser mensais para avaliar o crescimento do bebê. Depois da 28ª semana, ele recomenda o exame com doppler para verificar a quantidade de sangue que a placenta está entregando.

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