
Chegou ao fim no início da noite desta sexta-feira (25) o velório de Preta Gil, que mobilizou familiares, amigos próximos e admiradores. A cerimônia teve início no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e, posteriormente, o corpo da cantora foi levado para o Cemitério e Crematório da Penitência, na Zona Portuária, onde foi cremado em um momento reservado apenas aos mais íntimos.
Um detalhe inusitado chamou a atenção de quem participou da despedida: a presença de um bar no interior da sala do crematório, que servia drinks não alcoólicos aos convidados. Segundo José Gil, irmão da artista, a iniciativa partiu da própria Preta, que deixou o desejo registrado.
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Após o encerramento da cerimônia, José Gil falou com a imprensa e destacou o papel fundamental da irmã na criação do trajeto dos megablocos de Carnaval no Centro do Rio, agora oficialmente batizado como Circuito Preta Gil.
“Ela lutou tanto pra organizar, pra construir, pra ser possível que tivessem grandes blocos que hoje se recebe naquele circuito, então, é uma mulher que fica para a eternidade, fica na gente, em todo o Brasil. A gente segue”, disse.
A homenagem foi oficializada pela Prefeitura do Rio de Janeiro na noite anterior (24), com a instalação de placas ao longo do trajeto com a inscrição “Circuito de Blocos de Rua Preta Gil”.
Mais homenagens
Outros nomes também se pronunciaram no local. A diretora Amora Mautner, atualmente à frente da novela Eta Mundo Melhor na TV Globo, destacou a autenticidade de Preta Gil como parte fundamental de seu legado.
“A Preta fez tudo o que ela queria a vida inteira, ela só fez o que era genuíno e daí vem uma das forças dela: ser quem ela é e mostrar pra gente que a gente tem que ficar menos preocupado com o que os outros acham e mais preocupado com a própria vida, coragem de ser quem a gente é. Essa é a maior lição que ela deixa”.
O influenciador Gominho, amigo íntimo de Preta, também falou com emoção sobre o momento de despedida.
“É um momento muito triste. Eu estou vivendo um luto diferente do das pessoas. Como eu estou com ela desde o início mesmo, eu já tive tempo de maturar isso. Quando eu voltei de Nova Iorque, eu já tinha entendido tudo. Eu venho vivendo um luto vivo, três anos vivendo essa batalha. Quando saiu a metástase, eu continuei com ela na luta, mas eu já tinha sentido algumas coisas. Então, o que sobra dela é o que a gente sabe… O astral, os ensinamentos naturais que ela deixou, eu aprendi todos”, afirmou.
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Preta Gil morreu no último domingo (20), aos 49 anos, após uma longa batalha contra um câncer no intestino.
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