
Em entrevista a uma revista, a influenciadora e modelo Janaína Prazeres trouxe à tona uma discussão importante sobre preconceitos relacionados à aparência física feminina.
Janaína revelou ter enfrentado discriminação devido ao tamanho de seu bumbum, sendo frequentemente subestimada intelectualmente por causa de suas curvas.
A declaração da influenciadora expõe um problema social persistente: a tendência de julgar a capacidade intelectual de mulheres baseando-se exclusivamente em sua aparência física.
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"Já fui julgada como burra pelo tamanho do meu bumbum. Existe a ideia de que mulher com curvas não pode ser inteligente, como se a aparência definisse tudo", desabafou Janaína Prazeres.
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Este tipo de preconceito, conhecido como objetificação feminina, reduz mulheres a seus atributos físicos, ignorando completamente suas qualidades intelectuais, profissionais e pessoais.
O fenômeno é especialmente comum em relação a mulheres com corpos considerados mais voluptuosos pela sociedade.
Discriminação internacional: o estereótipo da brasileira
Segundo Janaína, o preconceito se intensificou durante o tempo em que morou fora do Brasil. "Quando morei fora do país senti ainda mais isso, porque nem sempre as curvas da brasileira são vistas de forma respeitosa. Muitas vezes somos reduzidas a estereótipos", relatou a modelo.
A experiência internacional da influenciadora evidencia como estereótipos sobre mulheres brasileiras persistem no exterior. A hipersexualização da imagem feminina brasileira, frequentemente perpetuada pela mídia internacional, contribui para que profissionais do país enfrentem dificuldades para serem reconhecidas por suas competências além da aparência.
Fazer do julgamento um tipo de reconhecimento
Janaína Prazeres será a apresentadora da final do Super Miss Bumbum Brasil 2025, evento programado para esta quinta-feira (11). Para ela, essa oportunidade representa uma importante virada de mesa em relação aos preconceitos que enfrentou.
"Durante anos tentaram me reduzir a uma parte do meu corpo. Estar à frente do Miss Bumbum mostra que aquilo que antes era motivo de julgamento agora é também motivo de reconhecimento. Não sou só o corpo que comentam, sou também a mulher que conduz a final do concurso", declarou a influenciadora.
O impacto dos estereótipos na sociedade
O relato de Janaína Prazeres ilustra um problema estrutural que afeta milhares de mulheres brasileiras. A cultura da objetificação feminina não apenas limita oportunidades profissionais, mas também impacta a autoestima e o desenvolvimento pessoal das mulheres.
Especialistas em psicologia social apontam que esses preconceitos são resultado de construções sociais que associam determinados tipos físicos a características de personalidade ou inteligência, sem qualquer base científica. Tais estereótipos perpetuam desigualdades e limitam o potencial de desenvolvimento individual e profissional.
A escolha de Janaína Prazeres como apresentadora do Miss Bumbum Brasil 2025 representa mais do que uma simples função profissional. É um símbolo da capacidade de mulheres superarem preconceitos e conquistarem espaços de destaque, independentemente de padrões estéticos.
O caso da influenciadora demonstra como é possível transformar características que foram motivo de discriminação em ferramentas de empoderamento pessoal e profissional.
Sua trajetória serve como exemplo para outras mulheres que enfrentam situações similares de preconceito baseado em aparência física.
A experiência compartilhada por Janaína Prazeres convida a sociedade a repensar conceitos pré-estabelecidos sobre a relação entre aparência física e capacidade intelectual. Seu depoimento reforça a importância de avaliar pessoas por suas competências, caráter e realizações, não por características físicas.
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