
O envolvimento de figuras públicas em casos de violações trabalhistas severas tem causado crescente indignação social e jurídica no Brasil. O mais recente exemplo envolve uma ex-miss que, após encerrar sua carreira nas passarelas, decidiu empreender no setor madeireiro. Agora, enfrenta uma condenação milionária por conta de graves irregularidades na gestão da empresa.
A ex-Miss Mato Grosso, Taiany França Zimpel, de 27 anos, e os proprietários de uma fazenda no estado foram condenados a pagar R$ 1,6 milhão em indenizações, após uma operação de fiscalização flagrar 20 trabalhadores em condições análogas à escravidão. A ação ocorreu em 15 de setembro na Fazenda Eliane Raquel e Quinhão, localizada no interior do Mato Grosso.
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Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT-MT), os trabalhadores estavam alojados de forma precária, em estruturas improvisadas, sem condições mínimas de higiene, com acesso a água imprópria para consumo e alimentação insuficiente. Relatos também indicam que havia restrição de liberdade e intimidação, incluindo a presença de homens armados circulando pelo local.
A empresa envolvida, T. F. Zimpel Ltda, administrada por Taiany Zimpel e atuante no setor de desmatamento e comercialização de lenha — alegou, em nota, que os trabalhadores não foram contratados diretamente, já que a mão de obra havia sido terceirizada. A empresa afirma ter colaborado com as autoridades, fornecendo documentos e contribuindo com o acolhimento dos trabalhadores resgatados.
Quem é Taiany Zimpel?
Natural de Sinop (MT) e criada na cidade de Sorriso, Taiany Zimpel ganhou destaque nacional em 2016 ao vencer o concurso Miss Mato Grosso e o Miss MT Internacional, representando o estado no Miss Brasil naquele mesmo ano. Após a competição, mudou-se para São Paulo em busca de consolidar uma carreira como modelo, tendo atuado em cidades como Paris, Milão e Istambul entre 2016 e 2018.
Em 2024, voltou aos holofotes ao assumir o título de Miss Grand Mato Grosso após a renúncia da campeã, Maria Vitória Randon, que alegou ter sido humilhada pela organização. Taiany, vice-campeã na ocasião, herdou o título.
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Dois anos antes, no entanto, ela havia decidido deixar a carreira nas passarelas e retornou ao Mato Grosso, onde fundou sua empresa no ramo madeireiro, empreendimento que hoje é o foco da condenação por exploração de trabalho análogo à escravidão.
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