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BASTIDORES

Daniela Lima abre o jogo sobre demissão da Globo: 'Porrada'

Jornalista afirmou que volume de desinformação e boatos nas redes sociais foi mais intenso do que o próprio desligamento da emissora

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Imagem ilustrativa da notícia Daniela Lima abre o jogo sobre demissão da Globo: 'Porrada' camera Segundo ela, o dia em que foi informada sobre a saída da emissora foi marcado por uma grande quantidade de mensagens e especulações. | Reprodução/Instagram

A jornalista Daniela Lima afirmou que a onda de desinformação e ataques sofridos após sua demissão da GloboNews foi mais intensa do que o processo de desligamento em si. Em entrevista ao programa Desculpa Alguma Coisa, do Canal UOL, Daniela disse que a repercussão nas redes sociais se tornou um dos momentos mais difíceis de sua carreira.

Segundo ela, o dia em que foi informada sobre a saída da emissora foi marcado por uma grande quantidade de mensagens e especulações. “As fontes começaram a me ligar de todos os lugares para saber o que havia acontecido. A quantidade de coisas que publicaram foi muito dolorosa para mim e para minha família”, relatou.

A jornalista, que já passou por veículos como TV Cultura e CNN Brasil, disse que foi a primeira vez que enfrentou uma demissão. “Pior do que ser demitida foi o que aconteceu depois. Houve uma produção em série de fake news”, afirmou.

Daniela contou que minutos após publicar uma nota sobre sua saída nas redes sociais, começaram a circular versões distorcidas sobre o motivo da decisão. A GloboNews informou que o desligamento ocorreu como parte de uma reformulação interna.

Ela negou que a decisão tenha relação com uma suposta pesquisa de audiência que apontaria viés político na programação do canal. “A Globo fez uma pesquisa qualitativa com 81 pessoas, em sua maioria homens e empreendedores, para entender por que alguns deixaram de assistir ao canal. Não tinha ligação com a minha saída”, explicou.

Daniela também comentou rumores de que assumiria cargos públicos após ser fotografada com o ministro da Secretaria de Comunicação. “Disseram que eu seria ministra da Secom, da EBC, candidata a deputada. Era apenas uma conversa com uma fonte, como qualquer jornalista faz”, disse.

Apesar das críticas, ela contou que recebeu apoio de amigos e colegas de profissão. “A Renata Agostini foi até minha casa, a Natuza Nery também esteve comigo, e outras amigas mandaram flores. Foi um momento de solidariedade que me deu força”, relatou.

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Ameaça no Uruguai

Durante o programa, Daniela também revelou ter sido ameaçada em um restaurante no Uruguai. O episódio ocorreu enquanto almoçava em uma vinícola próxima a Montevidéu.

Segundo ela, uma mulher se aproximou e disse: “Só aqui pra você ter um pouco de paz, né?”. Em seguida, retornou à mesa e afirmou: “Essa sua paz vai acabar”. Daniela contou que tentou identificar a mulher e chegou a considerar chamar a polícia. “Descobri que ela era do Paraná e apagou as redes sociais depois. Disse a ela que o que fez é crime”, contou.

A jornalista afirmou que episódios como esse mostram o impacto da exposição pública. “Ter o rosto conhecido me custou muito. Ainda é difícil lidar com a atenção das pessoas e com os julgamentos que vêm junto”, disse.

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