Filha brasileira de Jimmy Cliff conta como os pais se conheceram

Histórias familiares de artistas internacionais frequentemente revelam conexões inesperadas com o Brasil, mostrando como a música transcende fronteiras culturais.

A atriz e cantora Nabiyah Be, filha de 33 anos do falecido músico jamaicano Jimmy Cliff, compartilhou uma história curiosa sobre como seus pais se conheceram. Em participação no podcast Papo com Clê, ela conta que o encontro aconteceu em uma cerimônia de ayahuasca realizada em uma praia de Salvador, intermediado pela apresentação da cantora Margareth Menezes.

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A artista declarou ser "fruto dessa união sagrada" que teve início após o ritual com ayahuasca nas areias soteropolitanas.

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O ambiente espiritual da cerimônia proporcionou o cenário para o início do relacionamento entre o ícone do reggae e Sônia Gomes, mãe da cantora.

Mudança para Salvador por questões raciais

Nabiyah Be revelou que sua mãe tomou uma decisão significativa ao descobrir a gravidez. Sônia Gomes optou por deixar São Paulo e estabelecer-se na capital baiana.

Segundo a artista, a motivação materna foi evitar criar "uma filha negra em São Paulo", preferindo o ambiente de Salvador para a educação da criança. Essa escolha demonstra a consciência racial da família e a busca por um contexto mais acolhedor.

Identidade cultural brasileira

Apesar da herança jamaicana paterna, Nabiyah Be enfatiza sua forte conexão com o Brasil. Ela se define como "muito mais brasileira do que jamaicana" e se denomina "baianíssima".

A formação soteropolitana marcou profundamente sua identidade cultural. Ela permaneceu em Salvador até os 18 anos, período em que conviveu com Jimmy Cliff, que residiu com a família até ela completar 11 anos de idade.

Carreira artística internacional

Atualmente, Nabiyah Be constrói carreira sólida no entretenimento internacional. Ela participou de produções importantes como o filme "Pantera Negra" e a série "Daisy Jones and The Six".

Em sua juventude, a artista atuou como backing vocal de Jimmy Cliff, experiência que contribuiu para sua formação musical. Aos 18 anos, mudou-se para os Estados Unidos para focar na atuação.

Este ano marca um marco em sua trajetória musical com o lançamento do primeiro álbum "O Que o Sol Quer". O trabalho apresenta composições bilíngues, combinando inglês e português, refletindo suas influências culturais diversas.