Algumas perdas atravessam fronteiras e atingem fãs como se levassem embora uma parte da própria memória afetiva. A morte de Chris Rea provocou exatamente esse sentimento. Dono de uma voz rouca inconfundível e de canções que acompanharam histórias de amor, viagens, despedidas e reencontros, o cantor britânico deixa o mundo da música envolto em luto e reverência.
Chris Rea morreu aos 74 anos, nesta segunda-feira (22), conforme comunicado divulgado por sua família à imprensa britânica. Segundo a nota, o artista faleceu pacificamente no hospital, após enfrentar uma breve doença. A notícia também foi confirmada nas redes sociais oficiais do cantor, acompanhada por uma imagem simbólica de Rea tocando violão, instrumento que marcou toda a sua trajetória.
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Nascido em 1951, na cidade de Middlesbrough, no norte da Inglaterra, Chris Rea vinha de uma família com raízes italianas e irlandesas. Ele iniciou a carreira musical na década de 1970 e ganhou projeção internacional com o álbum de estreia Whatever Happened to Benny Santini?. A canção Fool (If You Think It’s Over) atravessou fronteiras e rendeu ao cantor uma indicação ao Grammy, abrindo caminho para uma carreira sólida e duradoura.
Ao longo dos anos, Rea construiu um estilo próprio ao misturar pop, blues e rock, sempre com melodias marcantes e letras introspectivas. Sucessos como The Road to Hell e Josephine consolidaram seu nome entre os grandes da música britânica. Já Driving Home for Christmas, lançada em 1986, tornou-se um verdadeiro hino natalino no Reino Unido e segue sendo redescoberta por novas gerações a cada fim de ano.
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Em mais de quatro décadas de carreira, Chris Rea lançou mais de 20 álbuns de estúdio. Dois deles, The Road to Hell (1989) e Auberge (1991), chegaram ao topo das paradas britânicas, confirmando o prestígio do artista junto ao público e à crítica.
Mesmo com o sucesso, Rea sempre manteve uma relação distante com a fama. Reservado, avesso à exposição midiática, ele costumava dizer que preferia a simplicidade da composição ao estrelato. “Se dependesse de mim, eu ficaria nas sombras, tocando violão e compondo para outros, em vez de estar sob os holofotes”, afirmou em entrevista nos anos 1990.
Diagnosticado com câncer, o cantor passou por uma cirurgia de remoção do pâncreas em 2001 e sofreu um AVC em 2016. Ainda assim, seguiu produzindo música e lançou, no início deste ano, The Christmas Album, reafirmando sua conexão com o público até os últimos capítulos da carreira.
Em homenagem, sua equipe destacou a importância de sua obra. “A música de Chris foi a trilha sonora de muitas vidas, e seu legado viverá por meio das canções que ele deixa”, diz a mensagem publicada nas redes sociais.
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