Morreu neste sábado (28), em Florença, na Itália, o ator e diretor Giorgio Albertazzi. Ele tinha 92 anos. A causa da morte não foi divulgada.A morte foi anunciada por sua família e pelo gabinete do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi. Segundo o premiê, Albertazzi era uma "grande personalidade da nossa cultura". Já o presidente Sergio Mattarella descreveu-o como um "maestro para as gerações" de diretores e atores.

Albertazzi começou sua carreira numa companhia shakespeariana de teatro, na Itália, em 1949 -ano em que atuou na montagem de "Tróilo e Créssida", com direção de Luchino Visconti. Faria parte de outras leituras de Shakespeare desde então, como "Otelo", "Henrique IV" e "Hamlet".Nos anos 1950, passou a integrar elencos do cinema italiano. Fez mais de 50 filmes. Chegou a Hollywood, onde fez uma participação no filme "O Assassinato de Trotsky", em 1972, com Richard Burton e Alain Delon.

Seu mais recente trabalho, "La Sindrome di Antonio", está em fase de pós-produção. Em sua carreira, ficou célebre pelo papel do imperador romano Adriano de "Memórias de Adriano", obra baseada no livro homônimo de Marguerite Yourcenar. Encenou o personagem mais de mil vezes na década de 1990, tanto na Itália quanto no exterior. O ator chegou a mencionar que Adriano foi o personagem com quem mais se identificou, por tratar do processo de envelhecer. "Interpretando-o, eu também falo sobre mim", disse Albertazzi quando tinha 90 anos.

Veja o vídeo de "O Assassinato de Trotsky":

(Folhapress)

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