O grupo musical Hera da Terra brotou do solo gentil da Sacramenta. Inspirou, consquistou espaços. Teve destaque nos destacados festivais da Escola Salesiana do Trabalho, UFPA e Fcap, nos anos 80, com premiações e registro em disco. O Hera verde e viçoso ergueu-se sustentado principalmente pelos ramos poéticos e melódicos de Antônio Francisco, nosso saudoso Porrete; Ribamar Araújo, o Ribba e Arlindo Francisco, também dito Fernandinho. A eles, é dedicado este show. Antônio nos deixou entregues à saudade. Arlindo e Ribba recuperam-se de problemas de saúde.
O show então, além de dar relevo às obras destes criadores, pretende dar um reforço no tratamento dos dois. Há um pix sendo divulgado para as contribuições e o couvert do dia será destinado aos compositores. A apresentação ocorre no Espaço Boiúna, conhecido também como Bar do Mário, no sábado (19), às 21, em Batista Campos.
Também este show nos permite testemunhar a realização do jornalista, músico e compositor Edir Gaya como intérprete, e que no show dá sequência a uma jornada destacada no disco Liamba Jazz & Samba, de 2022, nas postagens no Instagram, e no Single “A Terra”, lançado em 2024.
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Muitas são as heranças e os ensinamentos vindos do Hera. Se nos lançamos à resistência ante os assombros recentes experimentados no Brasil, é porque lá atrás, enfrentamos junto com os combatentes do Hera a espinhosa ditadura. A mensagem do comprometimento político, e do nosso papel na sociedade são argumentos que compõem o primeiro momento do show.
Herança poética
Antes de conhecer o Hera, as músicas do grupo, a sonoridade, o ritmo, a poesia marcante, é fundamental que se entenda o que foi viver o Hera. O grupo sempre foi um lugar de acolhimento. Muitos de nós que estaremos no palco, fomos abrigados no seio da família Hera (e quantos de nós não fomos, literalmente abrigados no tapete da sala do Antônio, para uma noite de... sei lá... por muitas vezes só de sono reparador mesmo).
O viço do Hera sempre foi nutrido por companheirismo, conivência poética, partilha de sentimentos. Há o lirismo, a afetuosidade e a candura nesta herança que, mesmo ante amores frágeis, espertos ou brincalhões, é legado que nos permite um horizonte real de serenidade, de calma... de calmaria.
A linha musical que simboliza o esmero lírico do Hera, o refinamento poético do Grupo e que se realiza na segunda metade do show é marcada pela canção Calmaria, autoria de Edir Gaya e Ribamar Araújo
Despertar das Lendas
A canção Despertar das Lendas, que dá nome ao show, de autoria dos Franciscos, Antônio e Arlindo, seguramente está listada como mais uma das grandes injustiças dos festivais. Concorreu no festival da Escola Salesiana em 1982. Não ganhou o festival, mas ganhou nossos corações e consagrou Antônio como um lutador apaixonado pela Amazônia.
Show Despertar das Lendas : tributo ao Hera da Terra
- Dia 19 de outubro, às 21 horas
- No Espaço Cultural Boiúna
- Rua dos Pariquis, 1556, próximo à Praça Batista Campos
- Entrada franca
- Pix para as contribuições: 9 8049 1305
Realização
- Edir Gaya
- Chiquinho do Acordeon
- Benigna Samselski
- Jonatas Gouveia
- Brasilino Assaid
- Raimundo Sodré
- Edna Nunes
- Valéria Nascimento
Apoio: Ícaro Gaya
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