Banda Verene lança o single "Líquido" nesta quarta (13)

A cena indie nacional ganha novos contornos na próxima quarta-feira (13), quando a banda paraense Verene estreia “Líquido” nas plataformas digitais, à meia-noite. A faixa marca o primeiro passo do ciclo de lançamento do aguardado álbum de estúdio, previsto para setembro, e chega carregada de melancolia, ritmo e propósito.

Gravada em Belém, do Pará, e produzida por Gabriel Flexa (guitarra, synth e vocais), com engenharia de produção de Felix Robatto (que também assina percussões) e mixagem/masterização de Braz Torres Leme, “Líquido” condensa o que há de mais característico no som da Verene: a fusão entre pop alternativo e indie rock com um clima urbano e a sutileza poética da Amazônia. É uma música que faz pensar e dançar, com arranjos que respiram transição e instabilidade – assim como a própria temática que aborda.

Musicalmente, a faixa combina guitarras etéreas, linhas de baixo pulsantes e camadas de sintetizadores que alternam entre suavidade e tensão. A batida, ao mesmo tempo fluida e constante, sustenta a atmosfera dual que permeia toda a canção. Para quem já se apaixonou por nomes como Marina Sena, Terno Rei, Lamparina, Blur, Boogarins ou Men I Trust, “Líquido” chega como uma nova peça para as playlists Indie Brasil, Indie Pop e Chuva de Primavera.

Um convite à travessia

Descrita pela banda como um rito de passagem, “Líquido” mergulha na fluidez dos sentimentos, questionando a banalização do apego e propondo um movimento interno em busca de propósito – mesmo quando o mundo parece escorrer pelas mãos. É sobre atravessar o caos interno e encontrar beleza no desconforto.

“Para gente, ‘Líquido’ é o primeiro passo de uma travessia. Ela carrega nossas incertezas, nossa vontade de seguir e a coragem de transformar desconforto em movimento. É quase um espelho das nossas próprias vulnerabilidades enquanto banda e enquanto pessoas”, comenta o vocalista Giovanni Zeit.

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O músico reforça que a escolha de lançar a faixa agora não é por acaso: “Vivemos tempos em que tudo muda rápido demais. ‘Líquido’ conversa diretamente com isso: aprender a fluir, mesmo quando nem tudo está sob controle”.

O álbum e seu universo sonoro

O novo projeto é mais que um álbum – é uma travessia emocional, política e estética. Ao longo de suas 10 faixas, a Verene explora estados de espírito que vão da sobrecarga à esperança, passando por desilusões, raiva, nostalgia e afeto. Musicalmente, o trabalho passeia entre indie alternativo, pop rock brasileiro e dreamgaze, com elementos orgânicos que remetem à paisagem e à cultura amazônica.

Segundo Giovanni, “Líquido” já antecipa essa atmosfera: “Ela coloca o ouvinte nesse espaço entre o que se perde e o que se encontra. Essa ambiguidade atravessa todo o disco”.

Sobre a banda

Formada em Belém em 2020, a Verene é composta por Berg Viana (bateria e vocais), Dionísio Fares (baixo), Felipe Palha (guitarra e synth), Gabriel Flexa (guitarra, synth e vocais) e Giovanni Zeit (vocal). Desde o EP Por Onde Tudo Passa (2023), que teve destaque na playlist Indie Brasil com a faixa Eu Vou, o grupo vem consolidando seu espaço na cena alternativa. Em 2024, lançou o single duplo Tudo me Distrai / Cigana, mostrando um uso mais ousado de sintetizadores e abrindo caminho para seu primeiro álbum de estúdio.