O Brega, ritmo popular que embala gerações no Norte e Nordeste, é mais que um gênero musical, é expressão de pertencimento e emoção. Em Belém, o som surgiu com forte influência da guitarrada e da música romântica, ganhando cores dançantes nas festas de periferia. Já em Pernambuco, o ritmo evoluiu nas comunidades e nas rádios locais, criando batidas marcantes e letras de amor e dor. De ambos os lados, o Brega se tornou trilha da vida cotidiana, das festas aos palcos nacionais. Sua história reflete o poder da cultura popular de unir e resistir.
Antes mesmo da recente disputa pelo título de “capital do Brega”, o ritmo já havia sido reconhecido como patrimônio cultural imaterial e imaterial do Pará, após projeto de Lei da Assembleia Legislativa do Estado do Pará. E, no dia 30 de maio de 2025, Belém recebeu o título de Capital Mundial do Brega, da Organização das Nações Unidas para o Turismo (ONU Turismo). O reconhecimento consolidou o gênero como parte fundamental da identidade musical brasileira, valorizando seus artistas e suas raízes regionais.
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No último domingo (26), a disputa pelo título de “capital do Brega” voltou aos holofotes nacionais após uma reportagem exibida pelo Fantástico, que mostrou que a rivalidade entre Belém e Recife ultrapassa a questão do nome e reflete um profundo sentimento de identidade cultural.
A matéria reuniu grandes representantes dos dois estados, como Wanderlei Andrade e Kelvis Duran, que ressaltaram a força e a influência do ritmo. Wanderlei destacou a troca musical entre o Norte e o Nordeste, apontando que essa conexão ajudou a formar o som vibrante que hoje embala o país.
Um dos momentos mais emocionantes foi o depoimento de Joelma, ícone do Brega paraense, que recordou com carinho sua relação com Pernambuco: “Recife abriu as portas, abriu os braços. Até hoje sou muito grata”, afirmou a cantora.
Do outro lado, Priscila Sena, uma das principais vozes do Brega pernambucano, fez questão de reconhecer suas referências no Pará. “A Joelma é uma inspiração para mim, assim como o Gabi e vários outros artistas do Pará”, revelou.
Para Joelma, o cenário atual pede união e valorização do ritmo que move os dois estados. “Brega pernambucano, Brega paraense... bora se juntar, vamos fortalecer essa música”, disse.
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Encerrando a matéria, Priscila Sena expressou seu orgulho em representar o gênero: “A maior felicidade da minha vida é levar o nome do nosso Brega não só para o Brasil, mas para o mundo.”
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