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MÚSICA

Violão argentino cheio de amizades

Oriundo de uma das famílias mais importantes da música argentina, os “Hermanos Abalos”, um dos pilares da música popular de seu país, Sérgio Abalos se apresenta hoje, na Casa do Fauno, a partir das 22h, acompanhado pelo paraense Márcio Jardim (percussão),

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Oriundo de uma das famílias mais importantes da música argentina, os “Hermanos Abalos”, um dos pilares da música popular de seu país, Sérgio Abalos se apresenta hoje, na Casa do Fauno, a partir das 22h, acompanhado pelo paraense Márcio Jardim (percussão), do Trio Manari, e pelos filhos do percusioniosta, Weslley (baixo) e William Jardim (guitarra). Pesquisador e divulgador de músicas e ritmos da América Latina, ele reside há sete anos no Brasil e por aqui já tocou com Sebastião Tapajós, Ney Conceição, Lô Borges, Nilson Chaves e Andrea Pinheiro.

“Na verdade, tenho uma história com Belém. Morei na Amazônia de 2009 até 2013, quando fui pra São Paulo. Toquei com quase todos os músicos daqui”, conta Abalos. O primeiro parceiro foi Nêgo Nelson, depois Paulinho Moura, Salomão Habib e, então, Sebastião Tapajós, em Santarém. “Tive a honra de gravar seis discos com ele, inclusive um dueto, o que é uma façanha. Não tem violonista brasileiro que tenha um disco em duo com ele. Gravamos tangos de Piazzolla, de quem o Sebastião era amigo pessoal”, conta, orgulhoso, Cláudio. Chamado “Conversa de Violões” (2011), o CD traz ainda choros, milongas, e composições próprias dos dois músicos.

No caso do violão de Sergio Abalos, a sonoridade é resultado do encontro de experiências e ritmos de diversas latitudes, uma mistura de Argentina, música afro, cigana e erudita. Para o show ele apresentará uma primeira parte solo, com suas composições, e depois um pouco do que o público costuma pedir. “Terá sambas instrumentais, um pouco de Baden Powell, que gosto muito, e música de influência cigana e africana”, adianta. Os filhos de Márcio Jardim acompanham algumas músicas autorais de Sérgio, “e algo mais paraense, mais com essa influência do Caribe”, diz ele.

Parcerias paraenses

A amizade que Sérgio Abalos desenvolveu com o violonista Sebastião Tapajós é, certamente, uma façanha. “As pessoas me diziam que eu tinha que gravar músicas do Sebastião, mas eu achava que isso era muito puxa-saco. Quando o conheci, ele perguntou se eu era compositor e pediu pra eu tocar uma minha. Depois pediu outra, e disse: ‘Sérgio, você é um excelente compositor. Agora toca isso aqui’. E começou a me passar músicas dele”, recorda. Um mês depois, Sérgio estava tocando em trio com Nêgo Nelson e Sebastião.

A proposta para gravar o duo veio em 2010, quando Sérgio se preparava para um show e andava tocando muito Piazzolla naquele tempo. “Perguntei: ‘por que não toca comigo?’ Eu estava sempre indo na praia dele, do samba, choros. Trouxe-o pra minha praia, dos tangos, e ele disse: ‘Vamos gravar?’”, conta. Nesse período, o violonista já estava bastante entrosado com o Pará, construiu uma casa em Alter do Chão e passou a tocar em quarteto com Ney Conceição, Márcio Jardim e Sebastião. “Eles brincam que eu sou o HD externo do Sebastião, ele quer tocar uma música, eu relembro pra ele os acordes e ele toca”, brinca.

E mesmo antes de conhecer Sebastião, o argentino já tinha uma relação com o Pará por meio do Trio Manari. “O Márcio (Jardim) entende perfeitamente meu jeito de tocar. Ele coloca essa brasilidade na minha música e a música cresce. O Márcio é o ponto de referência da percussão na Amazônia”, elogia. Até mesmo os filhos de Márcio, diz ele, foram talentos que viu nascer e ajudou a crescer.

“Conheci eles sete anos atrás, muito pequenos. Quando estavam dando os primeiros passos na música, eu acompanhei. Gosto de ensinar, ajudo com música erudita, popular. Quando os encontrei agora e vi o crescimento que tiveram, falei: ‘Vamos fazer um som com os meninos’. É tão importante incluir novas gerações... Eu tive sorte de aprender tocando com pessoas 30 anos mais velhas que eu”, comenta o músico. E não nega a felicidade de estar em Belém para ver isso. “Estar aqui, para mim, é um reencontro com todos os amigos músicos. Me sinto em casa. Tomo um açaí e penso: que bom estar onde a gente gostaria de estar”.

ASSISTA

Sérgio Abalos e Família Jardim
Quando: Hoje, às 22h
Onde: Casa do Fauno (Tv. Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa)
Quanto: R$ 15
Informações e reserva de mesas: (91) 98705-0609.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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