Composição de Antônio Barros, o forró “Homem com H” ganhou uma versão estética e simbolicamente diferente na voz de Ney Matogrosso. De uma exaltação a uma pretensa masculinidade, a música tornou-se um hino queer. Seguindo os passos do ícone da Música Popular Brasileira (MPB), o brasiliense Filipe Fiákra deu um roupagem moderna ao sucesso e tem arrancando elogios no YouTube.

Até mesmo Ney Matogrosso curtiu o rearranjo. Pelo Instagram, os dois trocaram figurinhas e elogios. O brasiliense não nega a identificação com o colega sul-mato-grossense. “Algumas pessoas me comparavam com ele. Somos artistas que transitam pelos estereótipos de gênero”, avalia Fiákra.

Após o sucesso de sua versão de “Homem com H”, Fiákra mira em novos objetivos. O primeiro deles é ganhar a indicação na categoria Revelação do Prêmio Multishow 2017. A seleção é baseada no voto dos internautas, quem receber o maior número de indicações vai para a disputa final. Para ajudar o brasiliense, basta clicar aqui.

A segunda intenção é gravar outro single. Uma música escrita pela compositora Cecéu, autora do sucesso “Bate Coração”, esposa de Antônio Barros. “Ganhei essa parceria incrível deles”, comemora Fiákra.

O começo
Ainda criança, Fiákra cantava na Igreja, influenciado pelos pais que também são cantores. Em 2013, começou a carreira profissional. De lá para cá, já fez parte de um grupo (Trio Menáge), mas optou pela carreira solo.

O jovem se apresenta em boates (principalmente, as direcionadas ao público LGBT), casamentos e formaturas. Um passeio pelo seu canal no YouTube mostra um repertório eclético: Anitta, Wesley Safadão e Maraia & Maraisa.

O clipe

Gravado em Brasília, no Saan, em um terreno abandonado, e na casa de Fiákra, o clipe de “Homem com H” marca uma mudança na vida do cantor. O vídeo tem mais de 122 mil visualizações no YouTube, com 4,5 mil curtidas. Um desempenho bastante respeitável para um artista local em começo de carreira.

“Resolvi fazer essa releitura e, graças a Deus, eu e minha equipe fomos muito elogiados”, arremata o cantor.

Fonte: Metropoles