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MÚSICA

“Witness” de Katy Perry definitivamente não vai salvar pop. Isso é bom

“Witness”, quarto disco de estúdio de Katy Perry, é certamente o menos badalado lançamento da hitmaker. Desde que surgiu com “I Kissed a Girl”, a cantora tornou-se especialista em colocar faixas nos principais rankings musicais: a ponto de igualar a mar

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“Witness”, quarto disco de estúdio de Katy Perry, é certamente o menos badalado lançamento da hitmaker. Desde que surgiu com “I Kissed a Girl”, a cantora tornou-se especialista em colocar faixas nos principais rankings musicais: a ponto de igualar a marca de Michael Jackson com seis faixas do mesmo disco chegando ao primeiro lugar das paradas norte-americanas. O reinado, agora, passa por um abalo.

“Witness” é um trabalho regular, que, em dois ou três momentos, mostra um flerte de Katy Perry com um som mais elaborado. “Swish Swish” e “Roulette”, por exemplo, têm um trabalho de base mais refinado que 90% dos hits atuais da música pop. No entanto, falta ao disco algo essencial: um hit arrasa quarteirões, aquele para tocar nas rádios a cada 10 minutos.

O álbum parece um compêndio de faixas interessantes, divertidas… Mas sem aquele algo a mais. Na verdade, o disco segue a tendência dos recentes trabalhos de Lady Gaga (“Joanne”) e Britney Spears (“Glory”). Bacana e só. Não é à toa que a cada lançamento os fã clamam por um trabalho que salve o pop.

No entanto, o que é salvar o pop? Afinal, a indústria continua rendendo bilhões e novas estrelas surgem a cada nova temporada. “Witness” não é um messias apenas para fãs seduzidos pelo passado recente de suas divas. Isso é (muito) bom. Katy Perry agora se dá ao luxo de arriscar em sonoridades novas, reacender a polêmica com Taylor Swift e produzir um trabalho regular. Melhor tentar algo novo do que fazer outro “Roar” e estourar em vendas.

Mesmo sem brilhantismo, o disco não pode ser considerado um escorregão na carreira da popstar. A quantidade de hits é menor, mas “Witness” tem suas boas surpresas: “Power”, “Déjà Vu” e “Tsunami”. Ao mesmo tempo, “Chained To The Rhythm” e “Bon Appétit” cumprem a função de manter o disco por tempo razoável nas rádios.

O melhor de Katy Perry nessa nova fase é buscar identidades visual e sonora diferentes. E, convenhamos, é geralmente daí que surgem coisa ótimas. Mesmo que a audiência pareça ter tão pouca paciência.

Fonte: Metropoles

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