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MÚSICA

Ativismo e poesia no show de Léo Áquila em Belém

Para a cantora Léo Áquila, arte e ativismo não se separam. Como a maioria de suas músicas são feitas a partir de poemas que retratam a sua vida, as canções se voltam para questões de lutas e resistências do mundo LGBT. O clipe de “Princesinha da favela”,

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Para a cantora Léo Áquila, arte e ativismo não se separam. Como a maioria de suas músicas são feitas a partir de poemas que retratam a sua vida, as canções se voltam para questões de lutas e resistências do mundo LGBT. O clipe de “Princesinha da favela”, que está prestes a ser lançado, vai mostrar as suas origens no bairro do Capão Redondo, em São Paulo, e empoderamento trans, aceitação, trabalho. Neste sábado, 26, a cantora apresenta um pouco dessa trajetória no show da turnê “Jogo Vorazes”, a partir das 22h, na boate Malícia, em Belém. O evento marca o aniversário da drag paraense Katryelle Belmont.

A despeito das dores, porém, ela diz que o show é para animar o público, e faz questão de cantar no chão, com as pessoas ao redor, e o repertório também inclui sucessos de Anitta e Ludmilla, por exemplo. Jornalista e militante política - Léo Áquila já foi candidata a vereadora, deputada federal e estadual e se orgulha de ter sido a primeira cantora trans a gravar um disco no Brasil - “Tô Loka”, que foi mal recebido naquele ano de 2000. “Os Cds estão todos na gaveta. Eu também ousei cantar as minhas músicas e não apenas dublar, que era o que as drags faziam”, diz.

Ela acredita que era tudo bem mais difícil e reconhece a importância da internet para o surgimento de cantoras como Pabllo Vittar. “A arte é a nossa maior arma. Nossa música, alegria, nossas cores, tudo isso importa. Por isso as paradas e festas são tão simbólicas. Nosso público não é coeso, politicamente falando, e tem coisas que não consigo falar por meio da política, mas sim pela arte. Eu acho ótimo porque mesmo com muitas coisas a conquistar, estamos conquistando vários espaços. A Pabllo é da geração da internet e quando olho para trás, me sinto vencedora. Foi um trabalho que veio abrindo portas. O sucesso dela é o sucesso da classe”, diz a cantora.

Uma das grandes inspirações de Léo Áquila é a luta das mulheres. “Me espelho muito nas lutas das mulheres, desde a queima dos sutiãs até hoje. A luta feminista em relação ao mercado de trabalho me inspira. As mulheres eram consideradas absolutamente inferiores e me espelho para traçar o mesmo caminho. O que fazemos é querer a fatia do nosso bolo, a mulher até pouco tempo atrás não podia nem votar”, lembra.

Artista

Léo Áquilla lembra que escreveu o primeiro poema aos 14 anos. Era uma homenagem à mãe e foi inscrito num concurso de poemas no seu bairro. “Maria Helena Mulher” venceu o certame e desde então ela não parou mais de escrever. Tanto que quando era estudante de jornalismo, os professores sempre chamavam atenção: “seja menos poética”. Mas essa veia não saiu dela e o livro “Castelo de Areia” também já está em fase de produção, só com poesias.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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