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CORPO SÃO, MENTE SÃ

Luta diária pelo "shape" é também autocuidado com a cabeça

As férias escolares chegaram e com elas muita gente interessada em cuidar do corpo para exibir nas praias por todo o Pará. Mas não só isso: muitos estão atrás também de mais sáude mental.

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Imagem ilustrativa da notícia Luta diária pelo "shape" é também autocuidado com a cabeça camera Academias lotadas: busca pelo "shape" e por mais saúde mental | (Diego Beckman/DOL)

Julho, mês de férias em grande parte do Brasil, e academias permanecem lotadas. Não tanto quanto os meses que antecederam o grande momento de descanso e de, finalmente, ir para as praias de rio ou mar, os igarapés e as piscinas de clube nas cidades do Pará, por exemplo. Todo mundo em busca da boa forma traduzida em um corpo "sarado".

Profissionais da Educação Física explicam que os benefícios para quem costuma fazer atividade física começam a surgir entre quatro e seis semanas, desde que o aluno pratique menos uma hora de exercícios, de segunda a sexta-feira. Então, não adianta achar que vai chegar a resultados surpreendentes da noite para o dia.

A prática de atividades também apresenta uma série de benefícios para a saúde mental. As pessoas buscam boa forma, mas também querem mais qualidade, um pensamento que ganhou mais espaço após a pandemia da covid-19.

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Personal trainer há 14 anos, Yuri Nunes explica que a procura pela malhação não envolve somente estética e que a covid-19 teve também esse efeito quanto aos cuidados com a saúde. “Depois da pandemia, se sentir bem é mais importante. A saúde, o bem-estar e ter uma condição de vida melhor vêm atraindo as pessoas", comenta. Ele explica ainda que é cada vez mais comum que médicos sugiram atividade física como aliada a medicamentos para tratar doenças de ordem mental, como a depressão e a síndrome de ansiedade.

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Yuri explica que a procura por academias cresceu nos últimos meses e, sim, tem relação com a chegada do verão. “Época de férias, a galeria quer fazer o intensivo, fazer aquele seis meses em um. A gente procura auxiliar, sempre atentando para os cuidados para evitar lesões. A gente dá o incentivo, sugere a carga de treino, de forma segura e correta, a fim de que o praticante possa se sentir bem”, diz.

Quem confirma a impressão de que a pandemia teve um efeito na mentalidade quanto ás atividades físicas é o universitário Júlio Carvalho. Ele confirma que atividade física serve também para cuidar da mente. “Eu peguei covid-19, fiquei internado no hospital e tive uma segunda chance. Com a correria de estágio e aulas, eu corri para ter um tempo para cuidar da mente e a academia é o ideal. Fortaleço a saúde, me ajuda muito e, no meu caso, procuro algo mais a fundo, pois é uma área que me interesso muito”, explica o estudante do segundo ano do curso de Fisioterapia.

Corpo são

  • Endorfina – ajuda na produção do hormônio do bem-estar e relaxamento
  • Dopamina – colabora com a comunicação de células nervosas e neurônios dopaminérgicos
  • Serotonina – melhora o humor produzindo a serotonina
  • Sono melhor – auxilia no relaxamento do corpo e consequentemente, melhora o sono
  • Ânimo – aumenta a capacidade intelectual e produtiva na rotina
  • Concentração – uma parte do cérebro chamada lobo frontal (parte frontal da cabeça) melhora com a atividade física e auxilia nas tarefas que exigem maior poder de concentração, seja no trabalho ou estudos.
  • Disciplina – auxilia na hora de ter uma disciplina ou controle sobre determinadas ações. Principalmente, para quem está querendo reduzir a alimentação e evitar a compulsão alimentar.

Malhar para espantar a depressão

A depressão está presente na vida de muita gente. No Brasil, as estimativas apontam que 5,5% da população passe pelo problema, o que sugere uma multidão de 11, milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os números colocam o Brasil no triste pódio de país mais depressivo da América Latina.


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Eu perdi a minha irmã na pandemia e aquilo foi um duro golpe. Estava entrando em depressão, pois eu perdia peso de forma rápida. Pude malhar, me alimentar bem e, digamos, renasci graças a academia

Rosana Carvalho, Autônoma
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Outra doença que marca a vida do brasileiro é o transtorno de ansiedade. Este mal coloca o Brasil como o “mais ansioso do mundo”, tendo quase 9% da população diagnosticada com a doença. No entanto, há estudiosos que apontam que esse percentual pode chegar a 25%, um quarto dos homens e mulheres do páis padecendo do que é considerado um dos males do século 21.

Cada vez mais, o entendimento de médicos e psicólogos aponta para a prática de atividade física como uma forma excelente de combater a depressão e a ansiedade, quando associada ao uso dos medicamentos corretos, à psicoterapia e outros tratamentos convencionais.

A autônoma Rosana Carvalho, de 64 anos, encontrou na prática de atividade física um caminho para sair do quadro de depressão. “Perdi a minha irmã na pandemia, aquilo foi um duro golpe pra mim e pra toda a família. Depois de exames de rotina, o médico me recomendou atividades físicas, pois estava entrando em depressão - eu perdia peso de forma rápida. Pude malhar, me alimentar bem e, digamos, que renasci graças a academia”, relata.

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Rosana está entre as cerca de nove milhões pessoas com mais de 60 anos que praticam alguma atividade física, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior parte dessa população tem como modalidades preferidas a caminhada, passeio de bicicleta e a academia, formas eficazes de cuidar do corpo e da mente.

Mente sã

Os benefícios para a mente com as atividades são vários e comprovados pela Ciência. Confira alguns deles:

  • Melhor sensação de bem estar
  • Bom humor
  • Autoestima
  • Redução da ansiedade
  • Redução de tensão
  • Redução da depressão

Equipe DOL Especiais:

  • Reportagem: Diego Beckman
  • Coordenação: Ana Paula Azevedo
  • Edição: Anderson Araújo
Luta diária pelo "shape" é também autocuidado com a cabeça
📷 |Divulgação

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