Estátuas, geladeiras de madeira, louças de porcelana, tapetes e móveis de época: uma delícia para encher a casa de coisas que a gente nunca vai precisar, mas que trazem uma sensação de prazer para quem ama colecionar esse tipo de objeto. São também as mais variadas formas de lembrar do passado ou dos ancestrais que já partiram, resgatando memórias e preservando histórias antigas.
Em Belém, as lojas de antiguidades têm atraído um público de todas as idades, principalmente os apaixonados pelo estilo vintage, que se encantam com raridades únicas. No meio de uma boa conversa, Marcus Elgrably, proprietário da C&M Antiguidades, considerada a mais antiga da capital, compartilha com entusiasmo a história de cada objeto de sua loja.
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Por lá, vale de tudo, desde objetos pequenos como talheres até móveis e itens de decoração. Um armário de canto, repleto de peças valiosas, parece um verdadeiro baú de tesouros. Esse armário, feito de jacarandá e abarrotado de itens raros, pertence à esposa de Marcus. Ela, assim como ele, nutre uma paixão por antiguidades. O armário guarda desde delicadas louças de porcelana até vasos preciosos.
O antiquário resgata uma cidade de outros tempos com ricas histórias para contar. Logo na entrada, uma penteadeira de madeira recebe os visitantes. Seu espelho, marcado pelo tempo, desperta a imaginação: quantos rostos aquele espelho já refletiu ao longo dos anos?
Sobre uma mesa europeia, elegante e ornamentada com detalhes em bronze, repousa um açucareiro antigo para torrões de açúcar, impressionando pelos ricos detalhes esculpidos.
Ao lado, um abajur art nouveau em bronze com uma figura feminina e tulipas de murano rajado, sustentado por uma base de madeira maciça, embeleza o ambiente ao lado de uma poltrona do século XIX.
Em cima da mesa de madeira, um monumento que representa uma mulher dançarina, confeccionado em faiança vitrificada, usando uma saia rodada esmaltada na tonalidade azul cobalto.
Um relógio de parede de madeira nobre rico em detalhes, embeleza o cenário vintage e encanta os visitantes do local.
Esses objetos antigos sempre serão valiosos para quem gosta de história e arte. Diante de tanta relíquia, o casarão do século XIX onde funciona a loja de antiguidade desperta o imaginário de quem entra.
Cada item carrega consigo uma história, transportando-nos para uma época em que o tempo parecia passar de maneira mais suave. Se antes o desejo era “voltar para o futuro”, agora, em um mundo tão acelerado, muitos buscam uma fuga nesse passado repleto de encantos e memórias.
Equipe DOL Especiais:
Brenda Hayashi é repórter do portal Dol desde janeiro de 2022 e também coleciona discos de vinil. Apaixonada por antiguidade e apreciadora de músicas das décadas de 1960 a 1990, ela gosta de escrever sobre assuntos relacionados à moda, beleza, entretenimento e cultura.
Emerson Coe é profissional multimídia do portal Dol e produziu fotos e vídeos para estar reportagem. Ele ilustrador com mais de 30 anos de carreira, é cartunista e quadrinista. Com participações e prêmios em exposições internacionais, destaca-se por sua arte crítica e seu envolvimento em projetos de humor gráfico mundial.
Anderson Araújo é editor e coordenador dos conteúdos especiais do Dol. Formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2004, e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto (Portugal), em 2022. É também autor de dois livros de contos e crônicas publicados em 2013 e 2023, respectivamente.
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