Apesar no início de temporada abaixo do esperado, com eliminação na fase preliminar da Libertadores e fora da zona de classificação no Campeonato Paulista, o Corinthians, segundo o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves, não pensa em trocar seu treinador.
Em entrevista à Fox Sports, nesta segunda-feira (20), o dirigente defendeu que, por se tratar de uma mudança no estilo de jogo, Tiago Nunes precisa de tempo para trabalhar. Mesmo assim, Duílio admitiu que, até o momento, os resultados do Alvinegro são insatisfatórios.
"Eu não concordo com troca de treinador com apenas 14 jogos. Eu acho que, se a gente for olhar por tempo, o Tiago assumiu o Corinthians no início de janeiro, tivemos uma viagem para a Florida Cup, alguns dias de treino, na volta, início do Campeonato Paulista e da Pré-Libertadores. Quer dizer, ele trabalhou mesmo no campo em fevereiro, e metade de março", listou o diretor de futebol, que seguiu:
"Até por ser uma troca de forma de jogar, a gente entende que o treinador precisa de tempo para trabalhar. Lógico que os resultados não foram bons, a gente tem isso muito claro. Fizemos bons jogos, outros médios e uns muito ruins. A gente, desde o início, vem colocando que uma mudança demanda tempo e que o time ia oscilar. Isso é normal, mas lógico que os resultados, mesmo com tudo isso que a gente vem analisando, foram abaixo".
Já sobre as saídas de Ralf e Jadson no início da temporada, Duílio afirmou que a liberação dos atletas, que estavam fora dos planos de Tiago Nunes, ocorreu da forma 'mais transparente possível'.
"Esses atletas, como todos os outros, foram analisados pelo treinador e foi nos passados que, pelo formato de jogo, os dois não estariam dentro dos planos. (...) Foi um pedido do treinador. No Corinthians, o treinador tem liberdade, assim como nos outros clubes, imagino, de trabalhar com os jogadores que pretende contar e que ele enxerga que vão ser úteis dentro das características de jogo. Foi uma opção dele (Tiago Nunes) e nós demos as condições pedidas a ele para que seguisse seu trabalho", relatou o dirigente.
"Em relação a respeito, nunca faltou da para do Corinthians com os atletas. A gente tratou isso da forma mais transparente possível com os dois. Eu acho que pior seria deixa-los treinar, encostados, se o treinador não vai usar. São jogadores que ainda têm carreira pela frente, têm muito a acrescentar a clubes, e que não estariam parando hoje de jogar.
Então, você deixar um jogador do tamanho do Ralf, por exemplo, treinando constantemente e não ser relacionado para nenhum jogo, seria uma falta de respeito. Então nós fomos muito claros com eles, que eles não seria utilizados pelo treinador por questão de característica de jogo e que eles estariam livres para procuram alternativas. A transparência é o maior respeito que você pode ter com os atletas", completou.
Duílio ainda comentou a demissão do técnico Fábio Carille no final do ano passado, e apontou o desgaste no relacionamento como responsável pela saída do campeão brasileiro:
"Se você olhar bem os técnicos que saíram do Corinthians, nunca foi por resultado, pelo menos nas nossas gestões, e sim por dia a dia. No caso do Fábio, acho que foi mais por questões de relacionamento, tanto com atletas como com imprensa, com diretoria. Garanto que foi mais por conta do dia a dia do que por resultados", opinou.
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