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GERSON NOGUEIRA

A entrada triunfal de Gabriel Barbosa que valeu o título

Além dos três gols do atacante bicolor, a falta de intensidade da Tuna é debatido pelo blog

Imagem ilustrativa da notícia A entrada triunfal de Gabriel Barbosa que valeu o título camera Gabriel Barbosa em seu terceiro gol pelo Papão. | Mauro Ângelo/Diário do Pará

Três gols que valem um título

A final do Parazão, entre PSC e Tuna, pode ser resumida em três atos:

Ato 1 – Aos 19 minutos do 2º tempo, Ari Moura faz jogada individual no meio, abre o passe para Gabriel Barbosa, que domina e engana três marcadores antes de mandar para as redes.

Ato 2 – Aos 30’, novamente Gabriel recebe na entrada da área antecipando-se ao goleiro Gabriel, que saiu estabanado no lance. Livre, o atacante só rolou a bola para o gol vazio.

Ato 3 – Aos 34’, Gabriel é lançado na área, faz bem o pivô em cima de Renan e finaliza na saída do goleiro. É o quarto gol do Papão e a vantagem que dá direito ao título.

Pode-se dizer, ainda, em favor de Gabriel, artilheiro que nunca foi titular durante a campanha, o importantíssimo gol marcado no final da primeira partida com a Tuna, que terminou com o escore de 4 a 2.

Gabriel começou a reação do PSC ali naquela manhã de domingo e completou o trabalho ontem à noite, após ser colocado em campo na vaga de Igor Goularte, aos 17 minutos da etapa final.

Quando ele entrou em campo o título ainda estava em mãos tunantes. Quando tocou na bola pela primeira vez, para marcar o segundo gol, a vantagem lusa ainda prevalecia. No terceiro gol dele, os times empataram, a final iria para as penalidades. Ao fazer o quarto gol, liquidou a fatura.

A decisão do Parazão foi recheada de emoção, apesar do fraco nível técnico da partida. A Tuna, que chegou ao gol logo aos 4 minutos, em pênalti cometido por Nicolas e convertido por Paulo Rangel, resolveu administrar o resultado e abdicou do jogo.

Nem parecia aquele time impetuoso, intenso e audacioso dos jogos com o Remo e com o próprio PSC. Depois dos 5 minutos só deu Papão na partida. Com três atacantes – Marlon, Igor Goularte e Nicolas – a equipe de Wilton Bezerra não se abalou com o gol sofrido e se lançou ao ataque.

Em jogada rápida, Marlon deu passe precioso para Goularte empatar aos 14’. A vantagem cruzmaltina ainda era considerável, mas o PSC era superior e encurralava o time de Robson Melo. Ainda no primeiro tempo, Marlon e Nicolas perderam grandes chances de desempatar.

Antes do intervalo, a Tuna sofreu um duro golpe. Perdeu o atacante Neto, expulso após receber o segundo amarelo. Ao invés de buscar a valorização da posse de bola, a equipe continuou atarantada e errática. Comportava-se como time pequeno, respeitando em excesso o PSC.

No 2º tempo, Bezerra fez a mexida fundamental: trocou Goularte por Gabriel Barbosa. A partir daí, os ataques passaram a visar o centroavante, com Nicolas atraindo a marcação de Dedé, melhor zagueiro tunante.

Como ia sempre atrás de Nicolas, Dedé deixou Gabriel de lado. E os gols foram saindo um atrás do outro. Em 15 minutos, o PSC fulminou o sonho da Tuna. Gabriel se movimentava com desembaraço, confiante e certeiro.

Quase fez mais um gol, cabeceando por cima da trave. Descontrolada diante da goleada, a Lusa perdeu a cabeça. Paulinho e Lukinha queriam briga e o meia acabou expulso.

Depois do sururu, o PSC controlava as ações à espera do apito final. Com nove jogadores, a Tuna ainda teve uma última chance. Felipe lançou Jayme, o atacante venceu Perema na corrida e foi tocado. O bom árbitro Marcos José de Almeida assinalou o segundo pênalti da final.

Léo Rosa, excelente cobrador e um dos artilheiros da Tuna no Parazão, foi bater e mandou nas nuvens. Exatamente igual à cobrança que fez na decisão de penalidades com o Remo nas semifinais. Um duro castigo.

O Papão comemorou o título e a reabilitação perante sua torcida. Extraiu forças que parecia não ter. Mesmo com um interino no comando, foi forte e vibrante. Acreditou até o final. Acima de tudo, comportou-se como time grande que é, afeito a decidir títulos e conquistar taças.

Não fez um bom campeonato, é verdade, mas se superou na hora de definir as coisas. Foi melhor no momento decisivo. O Parazão é um torneio de tiro curto, com fases que permitem recuperação. O PSC soube reagir e foi extremamente eficaz quando a situação exigiu. Uma conquista merecida.

Tuna perdeu força ao abrir mão da intensidade

Com elogios gerais depois da impressionante arrancada nas etapas de mata-mata, a Tuna chegou à decisão como favorita diante do PSC. Não era para menos. Havia goleado por 4 a 2, com um futebol valente e agressivo. Estabeleceu boa vantagem. Parecia que ia apenas levantar a taça na Curuzu.

No meio do caminho, porém, algo saiu dos trilhos. A Tuna disciplinada taticamente, que se multiplicava em campo para marcar e ocupar espaços, virou um bando desorientado. O próprio Robson Melo, melhor técnico do campeonato, demonstrava surpresa à beira do gramado.

O meio-campo formado por Artur, Cauê e Lukinha foi engolido pela movimentação de Paulinho, Ratinho e Elyezer. Era como se o PSC estivesse devolvendo na mesma moeda a desdita do domingo anterior.

Mesmo com sérios problemas de construção de jogadas ofensivas, os bicolores foram tomando conta do campo e passaram a ocupar a intermediária tunante, provocando erros seguidos da zaga.

Quando o primeiro tempo terminou, a Tuna já sinalizava que teria problemas para conservar a vantagem, pelo simples fato de que não incomodava a defensiva do PSC. Paulo Rangel, de pouca mobilidade, deveria ter sido substituído por um jogador mais presente na marcação.

O lado emocional deu as caras no tumulto criado após o 4º gol do PSC e explodiu de vez na desastrada batida de pênalti de Léo Rosa. O fato é que a Tuna deixou de lado seu estilo e afundou ao tentar ser pragmática.

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