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Árbitros brasileiros precisam ser qualificados e julgados

A CBF blinda sua arbitragem e tudo fica por isso mesmo. É preciso que os homens do apito forneçam entrevistas após os jogos. Por que somente jogadores, técnicos e dirigentes são cobrados?

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Imagem ilustrativa da notícia Árbitros brasileiros precisam ser qualificados e julgados camera Daronco expulsou Lisca no confronto entre Vasco e São Paulo, pela Copa do Brasil. | (Foto: Alexandre Durão)

Quantas vezes o seu time foi prejudicado pela arbitragem? Os árbitros brasileiros estão passando, há muito tempo, por uma espécie de crise de credibilidade, impulsionada, muitas vezes, pela má utilização do VAR, prejudicado por conta da falta de qualificação da categoria. Os juízes de uma partida de futebol precisam ser julgados por suas decisões equivocadas em campo, mas também necessitam de profissionalização.

A Confederação Brasileira de Futebol diz punir os árbitros, mas ao mesmo tempo os blinda. Será mesmo que são punidos? Leandro Pedro Vuaden tem uma dívida com o Paysandu que nunca será paga. Em 2019, marcou um pênalti inexistente a favor do Náutico no jogo que valia o acesso à Série B do Brasileiro em 2020, faltando menos de um minuto para o término da partida.

No ano seguinte, foi eleito o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro da Série A. Claro que ele pode corrigir seus erros e melhorar, mas como ficam os clubes prejudicados por suas decisões injustas? A CBF fez o que pelo Paysandu? Hoje, o Papão continua na Terceira Divisão e sofre com problemas financeiros, que seriam amenizados com a vaga, já que os clubes da Segundona recebem uma pequena cota.

No Brasil, o Árbitro Assistente de Vídeo, ou simplesmente VAR (em inglês, “video assistant referee), chegou em 2018, na Copa do Brasil daquele ano. Três temporadas depois, apenas a Série A do Brasileiro conta com o recurso, assim como a Copa, a partir das quartas de final. A Segunda Divisão também espera pela implementação do recurso. A CBF prometeu a partir da 20ª rodada.

O Clube do Remo foi um dos mais prejudicados no campeonato deste ano. Até agora, torcedores e diretoria não engoliram o gol impedido do Náutico, a anulação do gol marcado contra o Coritiba e o pênalti ignorado contra o Londrina. Ao todo, quatro pontos perdidos, o que podem fazer uma baita diferença na classificação final da competição.

Recentemente, o executivo de futebol do Vasco da Gama, Alexandre Pássaro, criticou, impiedosamente, a arbitragem de Anderson Daronco, após a derrota em São Januário por 2 a 1 para o São Paulo, pela Copa do Brasil. A reclamação se deu por conta de lances capitais. Dois pênaltis, segundo ele, não marcados a favor do Gigante da Colina, além do gol de Gérman Cano, anulado.

"Hoje ele já prejudicou o Vasco, como já tinha prejudicado outros times. Ele não está preocupado com isso, a única novidade que vejo nele é que tatuou o braço, está bonitão na TV. Na Libertadores, o árbitro foi suspenso por prazo indeterminado. Aqui não tem suspensão, fica por isso mesmo", disse.

Os áudios e imagens do VAR precisam ser liberados a todos os jogos pela CBF, sem os clubes pedirem, para justamente poderem passar a transparência necessária e para dar credibilidade no uso da ferramenta. Outra coisa que deveria ser implementado: entrevistas dos árbitros ao término dos confrontos. Afinal, os torcedores, maiores bens do futebol, merecem esclarecimentos do que aconteceu em tal marcação contra o seu clube.

"Os comentários dos oficiais da partida ao final do jogo são vexatórios. Do nada, o Lisca (técnico) foi expulso. Todos jogadores do São Paulo vieram falar 'sábado foi a gente, hoje vocês'. Nós não vamos se conformar, vamos continuar brigando, nos expondo, indo do STJD e continuar trabalhando para que nosso objetivo seja cumprido apesar de todas essas aberrações que tem acontecido no futebol brasileiro", continuou Pássaro.

Vasco reclamou de dois pênaltis não marcados contra o São Paulo, além do gol de Gérman Cano.
📷 Vasco reclamou de dois pênaltis não marcados contra o São Paulo, além do gol de Gérman Cano. |Foto: DOL

Os técnicos, jogadores de futebol e dirigentes são cobrados por erros, assim como os árbitros. No entanto, estes possuem uma proteção maior. Apesar de uma lei dizer que os árbitros são profissionais, eles não são. O êxito do direito acontece quando os homens atuam conforme as normas jurídicas. Ou seja, a lei só é fidedigna quando alcança a sua finalidade. Não é a situação da Lei do Árbitro 12867/13.

"Escutei uma entrevista de um jogador do Vasco essa semana que colocou muito bem. Você erra, o treinador erra, tem que vir aqui se explicar, o jogador erra, tem que vir aqui se explicar. Mas o árbitro, auxiliar? Ele não precisa se explicar. A CBF deveria pensar para o árbitro dar entrevista também", disse o técnico Renato Gaúcho após a goleada que o Flamengo Sofreu para o Internacional.

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