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CASO JEFFERSON

Cruzeiro critica postura do Remo no caso de injúria racial

Em nota, o clube mineiro afirma que o presidente do clube paraense preferiu atacar judicialmente o adversário a estimular uma discussão saudável e crucial para a sociedade sobre o racismo.

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Imagem ilustrativa da notícia Cruzeiro critica postura do Remo no caso de injúria racial camera Reprodução

O Cruzeiro quebrou o silêncio divulgou após três semanas e nesta quinta-feira (18) divulgou uma nota oficial sobre o caso de racismo que aconteceu na partida contra o Remo, pela Série B, no último dia 29 de outubro, contra Jefferson.

Em uma das comemorações do time remista, na vitória por 3 a 1 contra os mineiros pela Série B, o atacante foi chamado de “macaco” por um torcedor na Arena Independência.

Após isso o presidente do Clube do denunciou ao STJD o ato de racismo.

O clube afirmou que a nota só foi divulgada neste momento por conta de uma investigação interna e que, inicialmente, optou somente pela atuação nas redes sociais, com a campanha de conscientização.

Além disso, o clube informou que, desde o ocorrido, esteve em contato com o presidente do Remo para oferecer ajuda na condução do caso.

CONFIRA A NOTA

"Nós, do Cruzeiro, temos trabalhado incessantemente para a conscientização contra o racismo e isso fica escancarado em ações e campanhas nos últimos tempos. O simples fato de existir a possibilidade de algo ter sido pronunciado nesse sentido em um jogo com mando nosso fez com que, antes mesmo de sermos demandados e ou termos certeza de qualquer fala, proativamente tratássemos do assunto em nossas redes sociais. Mesmo tendo a segurança de que nada foi dito por qualquer integrante de sua comissão técnica ou diretoria, preferimos agir. Ainda que o áudio não fosse claro e que não houvesse prova inequívoca sobre as palavras proferidas, naquele momento, a dúvida foi o suficiente para que nós, do Cruzeiro, decidíssemos agir.

Aliás, faríamos novamente, porque não esperamos o racismo escancarado para agir. Uma mísera fagulha de racismo basta para que qualquer um lute contra. Inclusive, mesmo sendo um fato isolado, sem participação do Cruzeiro, vale lembrar, ainda tentamos, em ação prática, identificar com a Arena Independência quem teria agido nesse sentido.

Mais do que isso, a gestão do Cruzeiro, na figura de seu presidente Sérgio Santos Rodrigues, tão logo tomou conhecimento da situação, fez questão de imediatamente contatar o presidente do Clube do Remo, no sentido de oferecer toda a estrutura possível para que, juntos, déssemos um exemplo de ação contra o racismo. O presidente do clube paraense, no entanto, sequer respondeu ao Cruzeiro, tendo optado por apresentar uma notícia de infração ao STJD, preferindo transformar uma oportunidade de discussão crucial ao desenvolvimento e evolução da nossa sociedade em uma tentativa de prejuízo desportivo a um adversário. Confiamos na Justiça Desportiva e temos convicção de que lá os fatos serão devidamente esclarecidos."

Injúria racial é crime no Brasil, e está previsto no artigo 140 do Código Pena brasileiro, com pena prevista de 1 a 3 anos de reclusão.

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