A Corte de Cassação, última instância da justiça italiana julga nesta quarta-feira (19), o recurso proferido pela defesa de Robinho e Ricardo Falco, condenados a 9 anos de prisão por praticarem violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa na em janeiro de 2013, em uma Boate em Milão. A sentença sairá ainda hoje.

A audiência começou por volta das 6h30 e durou cerca de 30 minutos. A corte, composta por um colegiado de cinco juízes, sendo quatro homens e uma mulher, julga 28 casos hoje. O recurso do brasileiro será o primeiro a ser sentenciado, entretanto, somente quando outros 28 forem julgados.

PROCURADOR PEDE REJEIÇÃO DO RECURSO

Como de praxe, no início da sentença, o juiz relator, Aldo Aceto, leu os recursos e deu a palavra para os advogados.

O advogado da vítima começou falando e logo em seguida deu a palavra para a defesa de Falco, que passou para os advogados de Robinho. Franco Moretti foi quem mais falou, e ainda foi chamado atenção pelo presidente da corte, Luca Ramacci após  falar que a albanesa estaria "tocando os genitais" de Robinho e dos amigos.

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Em sua fala, Franco contestou provas que não teriam sido aceitas em 2ª instância, como o dossiê sobre a vida da vítima que continha fotos de suas redes sociais que provariam sua conduta.

Ao final, Tocci pediu pela rejeição do recurso do jogador. Agora, a corte irá se reunir com a câmara de conselho para tomar uma decisão após a análise dos 28 casos. 

CONDENAÇÃO EM 2ª INSTÂNCIA

Em dezembro de 2020, a Corte de Apelação (2ª instância da justiça italiana), confirmou, em audiência única, a condenação do atacante e de Ricardo Falco a 9 anos de prisão. 

Segundo a juíza italiana Francesca Vitale, que comandou o julgamento em segunda instância: "a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais".

Após a condenação, a defesa do atleta apelou a terceira e última instância da justiça italiana, a Corte de Cassação, onde o caso tramita.

Aos 37 anos, o Robinho chegou a ser anunciado pelo Santos em 2020, porém, por conta da pressão sofrida por patrocinadores, torcida e imprensa, o clube paulista suspendeu o contrato do atleta. Lembrando que o jogador "só" tinha sido condenado em 2ª instância. 

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