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Vasco diz que vale mais do que Botafogo e Cruzeiro

Querendo seguir os passos de Botafogo e Cruzeiro, Vascainos projetam possibilidade de venda do departamento de futebol que já está sendo discutida em São Januário

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O assunto Sociedade Anônima de Futebol (SAF) está cada vez mais na pauta do Vasco. A venda do futebol do clube a investidores, porém, ainda atravessa um momento de análise e debate internos, no aguardo de propostas concretas. Tanto a diretoria administrativa como os conselhos que participam da política vascaína tratam do tema com um misto de aprofundamento e cautela.

Como recado ao mercado, o Vasco tem nos dois comitês o discurso unânime de ser mais atrativo, ou bem mais caro, que Botafogo e Cruzeiro. Os clubes venderam 90% da SAF para o americano John Textor e para Ronaldo Fenômeno, respectivamente, por R$ 400 milhões.

O presidente Jorge Salgado criou um conselho executivo para promover o assunto e analisar o cenário, enquanto no Conselho de Grandes Beneméritos há um comitê para pensar o futuro do Vasco sob os novos moldes. Em paralelo, o assunto é tratado diretamente pelo CEO Luiz Mello, pelos vice-gerais, Carlos Osório e Roberto Duque Estrada, pelo vice-jurídico, José Cândido Bulhões, pelo vice de Finanças, Adriano Mendes, e pelo vice de Relações Públicas, Maurício Corrêa.

O vice-geral Roberto Duque Estrada afirmou nesta sexta-feira que os estudos estão avançados e que o Vasco já tem conversas com investidores. “Estamos em um momento que não podemos deixar para trás a modernidade. A SAF é uma nova página na história do futebol brasileiro. Ela veio para ficar. Posso ter uma SAF 100% do Vasco, uma SAF com investidores minoritários e uma SAF com investidores majoritários. Tudo depende do modelo adotado”, frisou Duque.

Enquanto a direção do Vasco tem mais pressa, os conselheiros adotam cautela. A sondagem do grupo 777 Partners, de Miami, é vista com desconfiança diante do desempenho dos clubes que integram o grupo, como o Genoa, da Itália. Nos últimos dias, o canal Atenção Vascaínos citou um suposto interesse do bilionário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, mas a proposta ainda não foi apresentada.

A resistência ao documento enviado aos conselheiros para a criação da SAF persiste justamente pela falta de um modelo concreto. Os membros do clube entendem que não se pode dar um cheque em branco a uma empresa ou a um dono para ditar os rumos do Vasco. É preciso ter algo consistente, que apresente elementos de que vai funcionar com a troca de modelo, para que haja aprovação da maioria. Por isso, o tema segue em debate e aberto para questionamentos.

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