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CONFUSÃO

Brasil e Equador empatam em jogo de arbitragem perdida

Alisson foi expulso duas vezes e o árbitro voltou atrás, em ambas as decisões, após consulta do VAR. Dois pênaltis foram marcados pelo árbitro para os donos da casa e depois anulados pelo VAR

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Imagem ilustrativa da notícia Brasil e Equador empatam em jogo de arbitragem perdida camera O empate não faz tanta diferença ao Brasil, já classificado, mas pode interferir na vida do Equador | Rodrigo Buendia-Pool/Getty Images

Já classificada para a Copa do Mundo no Qatar, a seleção brasileira manteve nesta quinta-feira (27) a sua invencibilidade nas Eliminatórias. Em jogo marcado por uma atuação questionável da arbitragem, o time dirigido por Tite empatou com o Equador, por 1 a 1.

Casemiro marcou para o Brasil, que lidera a disputa com 36 pontos (11 vitórias e 3 empates). Além da equipe brasileira, apenas a Argentina também já carimbou seu passaporte. O Equador é a seleção que está mais próxima de se juntar ao grupo de classificados. Em terceiro, soma 24 pontos.

A situação confortável de brasileiros e equatorianos minimizou o impacto da atuação de Wilmar Roldán, árbitro colombiano que teve decisões questionáveis e demoradas ao longo do jogo, sobretudo na etapa inicial. Depois que Casemiro fez o primeiro gol, aos 5 minutos, ele passou a ser o centro das atenções.

Com 25 minutos, ele já havia distribuído três cartões vermelhos, um para o Equador e dois para o Brasil, e todos somente após analisar os lances no VAR (árbitro de vídeo), o que consumiu mais da metade do tempo em que a bola deveria estar rolando.

Primeiro, ele expulsou o goleiro Domínguez por acertar o rosto de Matheus Cunha com a sola da chuteira numa dividida na entrada da área, aos 14. Cinco minutos depois, o lateral Emerson Royal levou o segundo amarelo –o primeiro havia saído no minuto inicial, por uma falta– e também deixou a partida mais cedo.

Encontrar um reserva imediato para Danilo do lado direito é um dos problemas para o qual Tite ainda terá de buscar uma solução. E Emerson havia ganhado uma ótima chance de conquistar essa vaga, mas não conseguiu aproveitar a chance em Quito.

Outro que acabou prejudicado com a baixa na linha de zaga canarinho foi Philippe Coutinho. Ele acabou sendo o escolhido para deixar o campo para a entrada de Daniel Alves na direita. Recém-contratado pelo Aston Villa, o meia voltou a defender a seleção após um hiato de mais de um ano. O retorno dele foi uma das surpresas na convocação de Tite.

O treinador, aliás, quase perdeu mais um jogador da sua defesa aos 25, quando Alisson levou um cartão vermelho direto após cometer uma falta fora da área. O árbitro entendeu que o goleiro foi tão agressivo quanto Domínguez, porém desta vez demorou quase seis minutos até se dirigir ao VAR e mudar seu entendimento. Ao voltar atrás, ele retirou o vermelho e deu um amarelo ao brasileiro pela falta.

Depois de interferir no andamento da partida, a arbitragem deu nove minutos de acréscimos, que foram insuficientes para repor o tempo em que o confronto ficou parado. E a postura não mudou na etapa final. Aos 10, Roldán deu pênalti de Raphinha em Estupiñán, mas voltou atrás quatro minutos depois, após ser chamado pelo VAR.

Aos 30, porém, o Brasil não conseguiu mais escapar de levar o empate. De cabeça, Torres deixou o placar igual, 1 a 1.

Enquanto deixava os jogadores nervosos, a atuação do árbitro também inflamava os torcedores presentes no estádio em Quito, sobretudo porque o Equador ainda não confirmou sua vaga à Copa.

O duelo contou com a presença de um bom público no estádio, embora o número oficial de presentes não tenha sido divulgado até a publicação deste texto. Após pressão do governo equatoriano sobre o órgão de saúde que monitora a pandemia de Covid-19, 50% da capacidade do estádio foi liberada ao público.

Na última segunda-feira (24), o COE (Comitê de Operações de Emergência) havia determinado a realização do jogo com portões fechados em razão do avanço da variante ômicron. A pressão para a permissão teve início na terça (25), quando a Federação Equatoriana classificou como "errada" a decisão e pediu revisão.

O argumento levava em consideração, sobretudo, a luta do Equador para conquistar uma vaga na Copa do Mundo. Para os dirigentes, a seleção teria desvantagem em relação às demais equipes da América do Sul se tivesse de jogar sem público.

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