A Chapecoense anunciou nesta sexta-feira (4) que está em processo de recuperação judicial. O clube protocolou o pedido na 1ª Vara Cível da Comarca de Chapecó e foi atendido pelo juiz Ederson Tortelli.
A medida foi tomada em um contexto de extrema dificuldade financeira da agremiação, que tem uma dívida na casa dos R$ 100 milhões. A ideia é encontrar um caminho para administrar o pagamento dos valores aos credores, entre os quais estão as famílias das vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas em 2016, entre jogadores e outros profissionais.
"A Chapecoense padece de uma grave doença, estamos vegetando. Infelizmente, para toda doença grave, o remédio é amargo. E, muitas vezes, precisamos ousar com tratamentos especiais", afirmou o vice-presidente administrativo do clube, Luiz Peruzzolo.
"Temos um longo caminho a percorrer. Começou agora, mas tem toda uma estruturação e um planejamento. Tivemos apoio do conselho deliberativo", acrescentou o vice-presidente de marketing da Chapecoense, Alex Passos.
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Nesse contexto, os parentes das vítimas da queda do avião aguardam. Havia um acordo para o pagamento de uma indenização em 26 ações contra o clube, que, porém, começou a atrasar as parcelas. Segundo os dirigentes, era impossível honrar o compromisso e manter as atividades.
Ampliaram as dificuldades o rebaixamento do time à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Na Série B, as receitas são bem mais modestas.
O conselho deliberativo da agremiação catarinense já havia aprovado o modelo de clube-empresa, no molde SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Agora, deu sua bênção para a recuperação judicial.
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