Entre os cerca de 85 processos aos quais Ronaldinho Gaúcho responde, 30 deles se referem a dívidas de IPTU que o ex-jogador acumulou ao longo dos últimos quatro anos. De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, um sítio no bairro da Restinga tem R$ 5,7 milhões em IPTU não pago desde 2018.
A Procuradoria Geral do Município é a responsável por mover as ações de execução contra Ronaldinho - uma execução acontece quando o devedor não paga sua dívida, e o credor entra na Justiça para conseguir o dinheiro. A cidade de Porto Alegre processou o atleta em 2019, quando chegou a um acordo em que Ronaldinho prometeu pagar R$ 7,49 milhões em cinco anos. Essa dívida era referente aos anos de 2018 e 2019. Com o acordo feito, Ronaldinho pagou algumas parcelas, mas atrasou outras e acrescentou ao montante devido impostos referentes aos anos de 2020 e 2021. No total, o ex-jogador deve R$ 5.754.077,28.
Além do sítio na Restinga, Ronaldinho e seu irmão são donos de outro imóvel na cidade, esse às margens do lago Guaíba. Em 2018, o Ministério Público do Rio Grande do Sul multou os irmãos por fazerem obras em uma área de proteção ambiental. Como a multa não foi paga, a promotoria conseguiu que a polícia apreendesse o passaporte dos irmãos, o que causou constrangimentos à dupla. Em 2020, Ronaldinho foi barrado no aeroporto de Guarulhos (SP) e não conseguiu embarcar para Dubai, onde tinha um compromisso comercial.
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Ronaldinho e Assis pagaram a dívida e recuperaram seus passaportes. Mas em março de 2020, o gaúcho escreveu mais um capítulo em sua extensa ficha judicial. Por entrar no Paraguai com documentos falsos, acabou preso por sete meses em Assunção.
Foi nessa época também que começaram a pipocar na Justiça ações de danos morais e materiais contra o jogador por causa de seu envolvimento com a empresa 18k Ronaldinho. O negócio de “marketing multinível” prometia aos clientes lucro fácil e sem riscos sobre o capital investido.
Além de emprestar seu nome à empresa, Ronaldinho participava de ações de marketing e abria as portas de sua casa no Rio de Janeiro para captar clientes.
No começo daquele ano, centenas de clientes tiveram seu dinheiro bloqueado pela empresa, cujos donos desapareceram.
A reportagem entrou em contato com o advogado Sérgio Queiroz, que defende Ronaldinho, mas ele preferiu não comentar os processos contra seu cliente.
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