Uma das principais novidades da Copa do Mundo do Qatar foi o aumento do tempo dos acréscimos. E essa tendência deve estar presente nas competições brasileiras a partir de 2023, afirmou nesta segunda-feira (12) o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, à Rádio Itatiaia.
Normalmente, o árbitro daria no máximo cinco minutos a mais em cada tempo, para compensar as paralisações com substituições, gols e atendimento médico. O que se viu no Qatar foram acréscimos médios de dez minutos por jogo.
Nos 48 duelos da fase de grupos, houve média de 13,2 minutos de acréscimos por jogo, segundo levantamento da plataforma 365Scores. Já nos oito jogos das oitavas de final, caiu para 9,3 minutos.
Contando as cinco partidas disputadas pela seleção brasileira, até as quartas de final, a equipe verde-amarela acumulou 52 minutos extras em campo, média de 10,4 minutos por jogo.
"É uma tendência esse maior rigor. Não só em relação às perdas de tempo grandes do jogo. Mas também os arremessos laterais, a demora no tiro de meta, a chamada cera", disse Seneme à Rádio Itatiaia.
"A Fifa tem demonstrado essa preocupação. É entregar para o público uma quantidade maior de bola rolando. É um desafio para o Campeonato Brasileiro. Já tivemos aumento nos tempos de acréscimos em 2022 e em 2023, provavelmente, a gente vai trabalhar com números maiores."
Segundo o dirigente, a ideia é que o aumento seja uma forma de tornar o jogo mais justo possível. "O que a gente espera é que a atitude de todos dentro do futebol beneficie para que tenhamos a bola rolando cada vez mais. Mas caso não ocorra, que os árbitros sejam bastante rigorosos na aplicação dos tempos", finalizou.
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