Um dos mais experientes do elenco em Tânger, para amistoso com o Marrocos, o goleiro Ederson revelou nesta terça-feira papo com os companheiros que defendem o Real Madrid e disse que “há grande possibilidade” de Carlo Ancelotti trocar o clube merengue pela seleção brasileira. Nome favorito da CBF para a vaga de Tite, o italiano vem se esquivando do assunto faz algum tempo e jurando que cumpre seu contrato com os espanhóis – tem mais uma temporada de vínculo. Mas os jogadores da seleção, sobretudo os do Real Madrid, vira e mexe dão uma pista de que um acordo pode ser oficializado.
Desta vez, foi Ederson quem esquentou o assunto. “Estava até comentando ali. Comentei com Casemiro, com Vini, (Eder) Militão, há grande possibilidade dele vir, então vamos em busca deste resultado para ele vir o mais rápido possível”, afirmou o goleiro, revelando o que já soube do possível futuro treinador do Brasil. “O que me falaram sobre ele é que é um treinador excepcional, que todos no grupo gostam dele, um cara que tem carreira muito vitoriosa se olharmos no currículo dele. Veremos num futuro próximo se estará aqui ou não”, disse o goleiro.
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EDERSON SOBRE O TÉCNICO INTERINO
Escolhido por Ramon Menezes para iniciar as atividades como titular, o goleiro também elogiou o técnico interino. “”Ele (Ramon) vai implementar a ideia de treino e para o jogo de sábado. A gente tem que aproveitar a oportunidade assim como ele quer aproveitar a oportunidade de ocupar o cargo durante esse período convocatório”, afirmou Ederson, aprovando a renovação na seleção.
“Acompanhei o Sul-Americano Sub-20. Tem muitos jogadores aparecendo e muitos que estão tendo a oportunidade de estar aqui pela primeira vez. Trata-se de um novo ciclo, com novos jogadores e um novo staff”, afirmou. “Os estreantes ainda estão se soltando. Possivelmente vai ter as boas-vindas para eles se apresentarem e cantarem para a gente, isso faz parte do roteiro. São garotos com muita qualidade, os que já vinham no ciclo anterior também têm total capacidade para manter o rendimento.”
Sobre o confronto com Marrocos, surpresa da Copa do Mundo com a quarta posição, deixando Espanha e Portugal pelo caminho, Ederson pregou total respeito e previu muita dificuldade para a seleção brasileira.
“Vai ser um jogo muito complicado porque a seleção deles é muito boa, muito agressiva e forte. E a torcida deles é muito fanática”, avaliou. “Me lembro do Catar, eu estava voltando para o hotel quando eles passaram pela Espanha nos pênaltis. As ruas do Catar ficaram uma loucura, com carros buzinando e gente gritando. Eu comentei com a minha mulher como os marroquinos são fanáticos”, lembrou. “No mundo asiático e africano, eles são muito fanáticos. Às vezes a gente não tem a dimensão, mas eles têm um fanatismo muito grande pelo futebol.”
Nada, porém, de ter medo. A expectativa para o novo ciclo é enorme na análise do goleiro. “Se a gente mantiver o grupo unido, como sempre fizemos durante todos os anos em que estive na seleção, para mim será a melhor lição que vou tirar de todo esse ciclo. Eu acho que um grupo unido e alegre é capaz de conquistar muitas coisas”, afirmou. “É claro que no futebol estamos sujeitos a derrotas, empates e vitórias. O torcedor não entende dessa maneira. Mas eu, como jogador, entendo e sei lidar bem com essas situações porque a vida do jogador de futebol é assim.”
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