
Minutos antes do início do aguardado jogo entre Brasil e Argentina no Maracanã, na última terça-feira (21), a tensão atingiu o ápice quando torcedores brasileiros e argentinos no setor Sul do estádio entraram em conflito, lançando objetos uns contra os outros durante a execução do Hino da Argentina. A ausência de qualquer divisória entre as torcidas intensificou a briga, que resultou em intervenção da Polícia Militar, marcada por agressões com cassetetes aos torcedores.
A situação se agravou a ponto de jogadores argentinos se dirigirem ao local para auxiliar seus compatriotas, enquanto o início da partida foi atrasado em meia hora para resolver a briga. As cenas de pancadaria no Maracanã geraram um verdadeiro jogo de empurra nas explicações posteriores entre a CBF, os organizadores do evento e a Polícia Militar.
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A CBF, responsável pela organização do jogo conforme as regras da FIFA, emitiu uma nota ainda na madrugada desta quarta-feira (22) alegando que a gestão do Maracanã, sob responsabilidade de Flamengo e Fluminense, foi contratada para operar o evento, incluindo a questão da divisão das torcidas. A entidade transferiu à PM o planejamento de segurança do evento.
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Em resposta, a PM afirmou que a falta de divisão entre as torcidas se deu pela venda de ingressos sem diferenciação entre elas, decisão que teria sido tomada pela organização do evento. O coronel Ferreira, do Bepe (grupamento de estádios), destacou que a ausência de separação entre torcidas foi um "dificultador para a segurança privada desde o início do problema".
A gestão do Maracanã defendeu a decisão de adotar a torcida mista no setor Sul, argumentando que o padrão em jogos da seleção é não haver divisão. Afirmou que a escolha foi feita desde a primeira reunião, realizada em 16 de novembro, com a presença de representantes da PM, Ministério Público do Rio, gestão do Maracanã e Ferj (Federação do Rio).
No entanto, a ata dessa reunião não registra oposição à torcida mista por parte da polícia na ocasião. A CBF, por sua vez, reafirmou que cumpriu rigorosamente o plano de ação e segurança aprovado pela PM e demais autoridades.
INVESTIGAÇÃO DA FIFA
A Fifa planeja analisar disciplinarmente o caso, colocando a CBF como ré. Enquanto isso, a atuação da PM na arquibancada, evidenciada por imagens de agressões mesmo quando os torcedores argentinos não reagiam, gera críticas e questionamentos sobre o uso da força.
🚨AGORA: Cenas lamentáveis no Maracanã. Torcedores da Argentina e do Brasil brigando na arquibancada. Polícia Militar chegou metendo cacetetes nos argentinos.
— CHOQUEI (@choquei) November 22, 2023
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