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ENTRE TAPAS E BEIJOS

Tite x Felipão: a história de uma amizade rompida há 13 anos

Duelo entre o Flamengo de Tite e o Atlético-MG de Felipão, nesta quarta-feira (29), revive a história de uma amizade que virou ressentimento, marcando o encontro de dois técnicos consagrados no futebol brasileiro.

Imagem ilustrativa da notícia Tite x Felipão: a história de uma amizade rompida há 13 anos camera Após 13 anos da treta "fala muito!", Tite e Felipão se reencontram em "final antecipada" do Brasileirão 2023, no Maracanã. | Divulgação/Flamengo e Divulgação/Atlético-MG

No confronto marcante entre Flamengo e Atlético-MG nesta quarta-feira (29), pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, a atenção não estará apenas nas quatro linhas. Os holofotes se voltam para os técnicos, Tite e Felipão, cujas histórias, entre tapas e beijos, estão entrelaçadas há décadas. O que já foi uma amizade íntima agora é marcado por 13 anos de silêncio.

Tite e Felipão eram mais do que colegas de profissão; eram amigos próximos. Miro Bachi, irmão de Tite, revelou em entrevista ao UOL que Scolari esteve presente em uma festa de aniversário do filho de Tite, Matheus, quando a amizade ainda era sólida.

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O ponto de virada ocorreu em 2010, quando uma disputa pelo título brasileiro dividiu os caminhos dos dois treinadores. O Corinthians de Tite dependia do Palmeiras de Felipão para assumir a liderança, mas o Fluminense acabou campeão. Para Tite, a falta de empenho do antigo amigo foi evidente.

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O ano seguinte trouxe mais polêmicas. Após a eliminação na Libertadores, uma declaração de Felipão sobre Tite gerou ressentimento. A relação estremeceu ainda mais em 2011 com a cena icônica de Tite gritando "fala muito" à beira do campo no meio de uma discussão com Felipão, em um Corinthians x Palmeiras, no Pacaembu. Mesmo um abraço em 2012 não amenizou o clima.

"No calor do jogo, muita coisa acaba sendo mal interpretada. Aqueles episódios romperam a relação. Os dois ganham no futebol, são técnicos vencedores, ambos são pessoas de bem, de família, isso a gente reconhece. Mas cada um quer ganhar de uma forma. O meu irmão não quer usar artimanha, quer ganhar sendo o melhor. O Felipão é raposão, é a malandragem do futebol", comentou Miro Bachi, irmão de Tite.

VERSÕES DIFERENTES

As versões sobre o rompimento são diversas. Felipão argumenta que buscou Tite, sem sucesso. Por outro lado, Tite relata que, ao assumir a seleção Brasileira, tentou contato com Scolari, mas também não obteve resposta.

"Cada um tem um diagnóstico para o rompimento. O meu irmão acha que na hora em que ele poderia ajudar ganhando do Fluminense, não ajudou. Eles tinham uma relação muito forte e ele esperava outra postura. Essa é a visão do meu irmão. O Felipe, claro, acha que isso não aconteceu e pensa que meu irmão foi ingrato. Assim que a relação se rompeu. Eu não sei se vão reatar, mas tenho certeza que lá no íntimo ambos gostariam. O Felipão é muito orgulhoso, meu irmão também é. O Tite é um cara que diz: 'eu perdoo, mas não esqueço'. São pessoas do bem, mas não sei se vão reatar por isso. No fundo, sei que gostariam. Eu gostaria também. Confesso que não gosto do Felipe, dessa coisa da malandragem, mas eu gostaria que reatassem", comenta Miro.

O irmão de Tite revela, ainda, que ambos evitam se encontrar em eventos e até mesmo em voos, evidenciando o silêncio que permeia a relação. "Foi cada um para um lado", disse Miro, lembrando que houve um episódio em que os dois ex-amigos estiveram no mesmo voo, em assentos próximos. Em determinado momento, Felipão tentou cumprimentar Tite, que não retribuiu ao aceno.

CAMINHOS OPOSTOS

A raiz dessa amizade desfeita remonta ao Instituto Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, nos anos 70. Felipão, jogador e professor de educação física estagiário, e Tite, então aluno, iniciaram uma conexão que se estendeu para o futebol.

Diferentes em tudo, Tite e Felipão construíram histórias marcantes no Caxias. Um exemplo é o episódio em que Felipão jogou com o nariz quebrado, enquanto Tite, acompanhado do médico do clube, Aloir de Oliveira, hoje com 71 anos, buscou evidências contra o Grêmio, que teria desligado a drenagem do gramado, o que ocasionou o adiamento da final do Gauchão contra o Inter. Esses contrastes se tornaram mais claros ao longo dos anos, alimentando a rivalidade.

11 ANOS SEM CONFRONTOS DIRETOS

Atualmente, após 11 anos sem duelos, o reencontro em campo é mais do que uma partida; é o desfecho de uma história que envolveu seis confrontos, quatro vitórias para Tite e dois empates. O futuro da relação entre esses dois ícones do futebol brasileiro permanece incerto, com a esperança de uma reconciliação, mesmo que o orgulho fale mais alto por enquanto.

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