O Palmeiras está próximo de vender Estêvão ao Chelsea em um negócio que pode atingir até 65 milhões de euros (R$ 363 milhões, na cotação atual). O valor que joia palmeirense deve atingir simboliza a nova era da base alviverde, que cada vez mais exporta atletas para as principais ligas europeias.
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EVOLUÇÃO DESDE 2015
Tudo começou em 2015, com a chegada de João Paulo Sampaio à Academia de Futebol. Ele foi escolhido como o novo coordenador da base palmeirense por Paulo Nobre e Alexandre Mattos para a reformulação das categorias de base palmeirense. A missão era melhorar a estrutura e aumentar a grande rede de captação de talentos.
Em um primeiro momento, as crias da Academia de Futebol serviram para a manutenção do investimento no time profissional. Eram comuns negócios com equipes de menor prestígio em Portugal ou mercados alternativos, como Ucrânia e Japão. Isso mudou com a chegada de Anderson Barros, e os jovens passaram a colaborar com rendimento esportivo: atualmente, um terço do elenco principal do Palmeiras é cria da base.
A venda que "inaugurou" essa nova era da base palmeirense aconteceu em 2016, quando o clube negociou Gabriel Jesus com o Manchester City por R$ 121 milhões —o Alviverde ficou com R$ 70 milhões e passou outra impressão sobre seu trabalho na base. Antes, a última exportação para a Premier League havia acontecido em 2008, quando o clube vendeu Diego Cavalieri para o Liverpool por R$ 9,5 milhões.
Depois, o meio-campista Danilo chamou a atenção do Nottingham Forest, que pagou R$ 110 milhões pelo jogador. Tudo indica que Estêvão é o próximo que deve desembarcar na Inglaterra quando completar 18 anos.
A cereja do bolo foi a venda de Endrick para o Real Madrid. O clube merengue pagou 35 milhões de euros fixos (R$ 198 milhões na cotação da época), além de 25 milhões de euros (R$ 141 milhões) em bônus para fechar a aquisição do atleta em 2022. Ele completará a transferência no meio do ano, após completar a maioridade.
Na era JP Sampaio, o Palmeiras já arrecadou mais de R$ 1,1 bilhão em vendas de atletas formados na base.
EUROPA MANTÉM CONTATO CONSTANTE COM O PALMEIRAS
- O Palmeiras estima que gasta cerca de R$ 30 milhões anuais com as categorias de base. Valor que se paga toda temporada com a venda de jogadores formados na Academia de Futebol.
- Muitos atletas acabam deixando o clube sem receber oportunidades, mas mesmo assim o Alviverde consegue vendê-los ou liberá-los mantendo parte dos direitos econômicos para ser recompensado pelo investimento que fez.
- Hoje, o mercado vê o Palmeiras como um dos melhores centros de formação de atletas do futebol sul-americano pelo histórico recente.
- Diferentes clubes europeus estão em contato constante com o setor de Análise de Mercado do clube ou assistindo jogos dos times da base e elenco profissional.
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