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OLIMPÍADAS DE PARIS

Mulheres, maioria pela 1ª vez, lideram sonhos de medalhas

Entre elas estão Rebeca Andrade e Beatriz Ferreira, favoritas ao ouro.

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Imagem ilustrativa da notícia Mulheres, maioria pela 1ª vez, lideram sonhos de medalhas camera Rebeca Andrade | Foto: Ricardo Bufolin/CBG

O aumento da participação das mulheres no esporte é um fenômeno notável nas últimas décadas, refletindo mudanças sociais, culturais e políticas significativas. A luta por igualdade de gênero tem desempenhado um papel crucial, resultando em maior visibilidade, oportunidades e apoio para as atletas.

Igualar ou superar o recorde de 21 medalhas alcançado na Olimpíada de Tóquio, no Japão, há três anos, passa necessariamente pelas mulheres. Pela primeira vez, o Brasil terá uma delegação majoritariamente feminina em Paris. Segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), elas representam 153 dos 276 atletas confirmados para a capital francesa.

Essa presença feminina inédita pode ser explicada por algumas modalidades. No futebol, no handebol e no rugby, as seleções masculinas não se classificaram, ao contrário das femininas. Na ginástica artística, as mulheres garantiram a vaga na competição por equipes, assegurando cinco lugares em Paris, enquanto os homens terão apenas dois representantes em provas individuais. No levantamento de peso, no wrestling e no pentatlo moderno, todas as vagas conquistadas foram por mulheres. No tiro esportivo, esgrima, tênis e nas águas abertas, elas são maioria entre os classificados.

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Além dos números absolutos, a delegação feminina apresenta candidatas reais a medalhas em várias modalidades. Na ginástica artística, a campeã olímpica Rebeca Andrade destacou-se ao longo do ciclo de Paris como a maior ameaça à supremacia da norte-americana Simone Biles, superando-a na prova do salto no Mundial do ano passado, em Antuérpia (Bélgica). Prata em Tóquio, Beatriz Ferreira chega a Paris como bicampeã mundial e atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe (IBF) no peso leve. Rayssa Leal acumulou dois títulos do circuito de skate street, além de vencer o Mundial de Sharjah (Emirados Árabes Unidos) após conquistar a segunda posição nos Jogos de Tóquio.

No vôlei de quadra, a seleção feminina, apesar de cair na semifinal, conquistou 13 vitórias consecutivas na Liga das Nações, levando a equipe de José Roberto Guimarães ao topo do ranking. Na praia, a dupla formada por Duda e Ana Patrícia, campeãs mundiais em 2022 e vice-campeãs no ano seguinte, também ocupa a posição de melhor do mundo. No judô, após ficar fora de Tóquio por um caso de doping, Rafaela Silva retornou com força total, conquistando um bicampeonato mundial em 2022 e buscando agora seu segundo ouro olímpico. Tricampeã mundial em 2022, Mayra Aguiar é uma forte candidata a conquistar sua quarta medalha olímpica, podendo ser a primeira dourada após três bronzes entre 2012 e 2020.

As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze podem se tornar as primeiras brasileiras a conquistar três ouros olímpicos, caso repitam o desempenho das duas edições anteriores. Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha, recuperada de uma séria lesão no ombro, mudou-se para a Itália com o intuito de buscar o bi nos Jogos de Paris.

Há também candidatas a surpresa na capital francesa. Nathalie Moellhausen, oitava no ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE) e campeã da etapa de Barcelona da Copa do Mundo, e a seleção de ginástica rítmica, que alcançou resultados históricos, como o quarto lugar na prova dos cinco arcos no Mundial de 2023, em Valência. O Brasil sediará a próxima edição do evento, em 2025.

No tênis, Luísa Stefani, bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi, terá Beatriz Haddad Maia como parceira em Paris. Bia, apesar de priorizar as disputas de simples, tem seus melhores resultados em duplas, incluindo uma final do Aberto da Austrália. No surfe, Tatiana Weston-Webb, vice-campeã do circuito mundial em 2021, está em sétimo lugar nesta temporada, com quatro das rivais à sua frente também competindo nos Jogos. No futebol, a seleção de Arthur Elias conta com Marta, em sua última Olimpíada, buscando sua terceira medalha, após as pratas de 2004 e 2008.

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O protagonismo feminino nos resultados brasileiros foi evidente nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023. Das 205 medalhas conquistadas, 95 vieram graças às mulheres, contra 92 dos homens e 18 de equipes mistas. Elas também conquistaram a maioria dos ouros (66), garantindo metade deles.

A Olimpíada de Paris começa no dia 26 de julho e segue até 11 de agosto, com participação igualitária de homens e mulheres pela primeira vez. Serão 5.250 atletas de cada gênero. Curiosamente, os Jogos que marcaram a estreia feminina também ocorreram em Paris, em 1900, quando elas representaram 2,2% (22) dos competidores (997).

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