Flamengo e Vasco empataram por 1 a 1 no clássico deste domingo (15), no Maracanã, pela 26ª rodada do Brasileiro.
Gerson fez o gol do Flamengo e Coutinho empatou para o Vasco, tudo no segundo tempo.
Herói vascaíno, Coutinho não era relacionado há mais de um mês. Ele entrou no segundo tempo, substituindo Payet e salvou o Vasco.
Coutinho foi um dos jogadores mais queridos por Tite no primeiro ciclo do treinador na seleção brasileira. Agora, em lados opostos, foi o iluminado para atrapalhar a vida do técnico no clássico.
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A partida marcou as estreias de Alex Sandro e Plata no Flamengo. Ambos tiveram boa atuação.
O resultado faz com que o Flamengo ficasse com 45 pontos no Brasileirão, só que mais longe do líder Botafogo. A distância nesta rodada saltou para oito pontos.
Para o Vasco, o empate teve gosto de vitória, pelo que o time não produziu ao longo do jogo e por ter evitado a derrota já aos 41 minutos do segundo tempo.
O cruz-maltino está em oitavo, com 35 pontos.
Na próxima rodada, o Flamengo visita o Grêmio, domingo, 18h30, em Porto Alegre.
Já o Vasco recebe o Palmeiras, também no domingo, às 16h, no Mané Garrincha, em Brasília.
NOVIDADES, LESÃO E DOMÍNIO DO FLA
Foi um clássico de estreias para o Flamengo. Um novo lado esquerdo, inicialmente, foi o que Tite colocou em campo, com a combinação entre o lateral Alex Sandro e o atacante Gonzalo Plata.
O que o Flamengo fez muito bem foi controlar o ímpeto costumeiro do Vasco em clássicos. Nos jogos recentes, o cruz-maltino tem tentado acelerar, pressionar e beliscar logo um gol, sabendo que o Fla é um time que vai engrenando aos poucos no jogo.
Mas o rubro-negro se saiu bem na tarefa de neutralizar as principais ameaças vascaínas no primeiro tempo. Os cruzamentos da esquerda, com Piton, principalmente.
Entre os estreantes, Alex Sandro fez um jogo muito equilibrado, subindo ao ataque "na boa" e com muita consciência de posicionamento defensivo.
Arrascaeta começou no banco, poupado —Tite detesta esse termo. Mas foi logo lançado no jogo já aos 17 minutos do primeiro tempo.
O motivo? A dor no joelho direito que Luiz Araújo sentiu depois de uma entrada de Hugo Moura. É bom ficar de olho nos próximos dias, sobretudo porque Luiz Araújo vinha sendo um dos destaques do time no estágio atual da temporada.
No geral, o Flamengo dominou o primeiro tempo e teve a chance mais clara uma cabeçada de Pulgar. Léo Jardim fez uma defesa espetacular, a queima roupa.
Uma característica marcante, inclusive, foi a presença constante de Varela na fase ofensiva. E até por isso a chance clara saiu por ali, após cruzamento de Gerson.
Por outro lado, o Vasco pecou muito nos passes que poderiam desencadear contra-ataques. Payet não estava com o pé calibrado. Vegetti não teve chance —no chão ou pelo alto— de incomodar Rossi.
A oportunidade mais clara em velocidade terminou no travessão, mas foi invalidada por marcação de impedimento de David.
O DRAMA DAS TRAVES ANTES DA EUFORIA
O Vasco voltou ainda mais acuado para o segundo tempo. Não pressionou a saída de bola do Fla e ainda repetiu os erros de passe que poderiam gerar susto ao rival.
O time de Tite apostou muito na movimentação, troca de passes e, antes do gol, teve duas chances claríssimas.
A bola triscou a trave num chute de Bruno Henrique aos 16 minutos. Foi, inclusive, o último ato do atacante no jogo. Tite apostou em Carlinhos, e não em Gabigol, numa tentativa de deixar o time mais presente nos duelos com os zagueiros.
O travessão foi também o obstáculo que impediu o gol de cabeça de Léo Ortiz, aparecendo como uma flecha na área, já neste modo Flamengo mais bola aérea.
DE PÉ EM PÉ PARA O GOL
O tempo passando, Coutinho se preparando para entrar no Vasco, a bola insistindo em não entrar. Mas nada disso fez o Flamengo se afobar.
E a construção do gol mostra isso. O cada vez mais volante Léo Ortiz clareou com um passe que desmantelou o encaixe da marcação vascaína.
A partir daí, a troca rápida entre Wesley, Arrascaeta e Gerson culminaram com o tapa rasteiro, no canto de Léo Jardim. Aí, não teve milagre.
COUTINHO, SIM
Com a vantagem e já aos 37 minutos do segundo tempo, aí Tite colocou Gabigol. Substituindo Arrascaeta, até para controlar a minutagem dele, como planejado inicialmente.
Mas o futebol tem suas pegadinhas. O Flamengo já estava administrando o placar quando sofreu o empate.
Olha a cena: Léo Pereira no ataque, dribla dois marcadores, com direito a uma caneta, mas perde a bola. O Vasco sobe em velocidade, acha uma bola cruzada e Coutinho, ele mesmo, marca de cabeça.
Aos 41 minutos do segundo tempo.
O placar foi de empate, mas o clima virou (a favor do Vasco), com o ídolo evitando a derrota.
FLAMENGO
Rossi, Varela (Wesley), Fabrício Bruno, Léo Pereira e Alex Sandro; Erick Pulgar (Evertton Araújo), Léo Ortiz e Gerson; Luiz Araújo (Arrascaeta) (Gabigol), Plata e Bruno Henrique (Carlinhos). Técnico: Tite.
VASCO
Léo Jardim, Paulo Henrique (Puma Rodríguez), Maicon, Léo, Lucas Piton; Hugo Moura (Matheus Carvalho), Sforza e Payet (Philippe Coutinho); David (Emerson Rodríguez), Jean David (Rayan) e Vegetti. Técnico: Rafael Paiva.
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP)
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
VAR: Rafael Traci (SC)
Cartões amarelos: Lucas Piton (VAS)
Gols: Gerson (FLA), aos 26 minutos do segundo tempo, e Philippe Coutinho(VAS), aos 41 minutos do segundo tempo
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