
Num momento em que os bastidores do futebol brasileiro estão sob os holofotes, a relação entre imprensa esportiva e dirigentes volta a ser tensionada por conta de divergências sobre liberdade editorial e interesses comerciais. Um episódio recente envolvendo a ESPN e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reacendeu esse debate, com repercussões diretas sobre o elenco de comentaristas da emissora.
A ESPN decidiu afastar temporariamente seis de seus jornalistas após a exibição do programa "Linha de Passe" na última segunda-feira (7). Estão fora do ar, por ora, Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares. O grupo participou de uma edição do programa que abordou, de forma crítica, as denúncias publicadas pela revista Piauí sobre a gestão de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF.
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Segundo apuração do colunista do UOL Leonardo Sakamoto, a direção da CBF procurou a cúpula da emissora e cobrou providências quanto ao conteúdo levado ao ar. A ESPN, por sua vez, teria se incomodado com o fato de que a direção não foi informada previamente sobre os temas que seriam debatidos. O afastamento dos profissionais ocorreu já na terça-feira (8), mas fontes indicam que eles devem ser reintegrados até a próxima quinta-feira (10).
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A situação se dá em meio a negociações entre a emissora e a CBF envolvendo os direitos de transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro — fator que, nos bastidores, teria pesado na reação rápida da empresa.
Com a ausência dos comentaristas, a edição de terça-feira do "Linha de Passe" contou com uma nova formação de mesa, com André Plihal, André Kfouri, Breiller Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi. A escala de transmissão de jogos também precisou ser ajustada temporariamente.
Até o momento, nem a ESPN nem a CBF se pronunciaram oficialmente sobre o caso. As assessorias de imprensa de ambas foram procuradas, mas ainda não deram resposta. A reportagem segue em atualização.
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