O dia 19 de novembro de 1969 é especial para os amantes do futebol, pois Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, atingiu a marca histórica de mil gols na carreira. O fato, que teve como palco o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), teve um paraense bem próximo do Rei do Futebol.

Cria da Tuna Luso Brasileira na década de 60, o ex-ponta direita Manoel Maria integrava o time do Santos-SP naquela partida e relembra uma história em torno do jogo histórico contra o Vasco-RJ, válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, uma espécie de Campeonato Brasileiro da época.

“Nós estávamos esperando por este momento. Eu e todos os jogadores do Santos-SP na torcida pelo Pelé. Lembro que jogamos na Paraíba e vencemos por 3 a 0, com ele fazendo um gol de pênalti após sofrer falta. No jogo seguinte, o zagueiro impediu o gol mil contra o Bahia-BA. Depois disso mandaram até o zagueiro embora”, recorda o jogador, que lembra bem do lance que consagrou Pelé.

O lance veio dos pés do Rei, que sofreu pênalti do então zagueiro Fernando, do Vasco e vem um fato curioso que poucos sabem: Pelé ficou sozinho dentro da área, sem nenhum companheiro de time pronto e sobre isso, o ex-jogador paraense justifica.

“Após o pênalti, todos os jogadores do Santos-SP ficaram no meio de campo juntos, enquanto que Pelé ia fazer a cobrança. Depois dos gols e da festa, ele chegou com os jogadores reclamando que ele estava sozinho, aí conversei com ele e disse que todos acreditavam no potencial dele e ia chegar ao milésimo gol ali”, relembra.

 

Com vários títulos na carreira, Manoel Maria recorda o time do Santos-SP com carinho, em especial sua parceria com Pelé. “Eu dava mais passes para os gols dele do que o contrário. Não tem um gol ou título em especial. Tivemos uma grande parceria, pois o time do Santos-SP era fabuloso”, recorda.

Além de jogar por Tuna e Santos-SP, Manoel Maria também atuou no Paysandu, Noroeste-SP, Portuguesa-SP, Cosmos-EUA e no Racing-ARG.

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