A demora na reativação do futebol brasileiro e que deve levar pelo menos mais uns dois meses, não surpreende a diretoria do Paysandu. A direção do clube, conforme conta o presidente Ricardo Gluck Paul, já trabalhava com a ideia de que as atividades dos clubes levaria um bom tempo, em função da pandemia do Covid-19, para voltar à sua normalidade. O dirigente informou, em conversa com o Diário, que após o anúncio pela Organização Mundial de Saúde (OMS) da disseminação do vírus pelo mundo, a direção do Papão passou a trabalhar com o pior cenário possível para o futebol, o que está ocorrendo.

"Tinha ‘terraplanista’ aqui mesmo do nosso futebol, sem citar nome, que apostava no recomeço do campeonato em maio", apontou. "No Paysandu nós nunca acreditamos nessa possibilidade", garantiu Gluck Paul. "Aqui nós nos planejamos para um cenário extremamente hostil. O cenário de que a gente só voltaria a jogar dentro de, no mínimo, três meses", declarou. "E que quando a gente voltasse a jogar, muito provavelmente, seria de portões fechados ao público por pelo menos uns dois meses", recordou o presidente. 

Gluck Paul revelou que a principal preocupação dentro do clube diz respeito ao aspecto financeiro. Para os próximos dois meses - junho e julho - o pagamento dos compromissos do clube, entre eles a folha salarial do elenco, está garantido. "A preocupação é com os meses seguintes, já que para esses dois próximos pagamentos tivemos a ajuda do governo do estado, valor que se soma as outras receitas que temos com promoções que estamos fazendo", argumentou. 

Para evitar que no futuro o clube venha a ficar "argolado" financeiramente, o departamento de marketing do clube vem bolando e lançando algumas promoções, como, por exemplo, a venda de máscara de prevenção ao Covid-19, que faz sucesso, e nos próximos dias o lançamento de uma camisa personalizada do clube, que trará impresso o nome do torcedor que adquirir a peça. O preço do produto, assim como o dia de seu lançamento, ainda serão definidos pela diretoria.

Presidente externou a preocupação com os meses seguintes Foto: Arquivo/ Ascom PSC

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