Um dos principais motivos de preocupação do técnico Hélio dos Anjos para quando o elenco do Paysandu retornar aos treinos após a pandemia da Covid-19, a ameaça de lesões musculares foi comentada, ontem, pelo fisioterapeuta Júnior Furtado. O integrante do Departamento de Saúde bicolor ressaltou o protocolo diferente que será executado pelo grupo na volta ao trabalho, após a suspensão dos treinos e jogos, o que, segundo ele, representará “um grande dilema, uma grande prova” e que, na verdade, já começou a ser praticado com treinos on-line.

“Sabemos que nos trabalhos (os jogadores) serão divididos em grupos, em fases, com minigrupos de seis, sete, oito atletas”, observou. “Vamos ter de nos adaptarmos a cada fase, dando uma atenção para esse atleta que está vindo de um período de inatividade bem maior do que os 30 dias de quando eles foram recebidos em janeiro, que é algo diferente”, observou o fisioterapeuta, salientando que, ontem, a suspensão das atividades normais do plantel completou 74 dias.

“Sabemos que vamos precisar ter critérios diferentes de avaliações dos atletas e critérios de identificação de como eles estão retornando ao clube, qual a condição de força e que tipo de pré-disposição o atleta está apresentando no momento, para que, na hora que for exigido desse atleta uma carga de alta intensidade para um melhor condicionamento, ele não corra risco de sofrer lesões”, comentou Furtado.

RETORNO EM FOCO

O fisioterapeuta informou, em seguida, que o DS, em parceria com os preparadores físicos do clube, já tratam do protocolo de treinamento do elenco para os trabalhos pós-pandemia.

“A fisioterapia há muito tempo vem adotando a forma interativa com os outros setores para que, em conjunto, possamos criar mecanismos de identificação e de controle diário para tentar evitar ao máximo as lesões dos atletas”, explicou Furtado, que fez elogios ao trabalho feito pelo setor ao qual está vinculado até antes da chegada da pandemia. “Jamais poderíamos imaginar que o trabalho fosse dar um fruto tão positivo ao ponto de chegarmos quase ao final de março com lesão muscular praticamente zero”, argumentou.

MAIS ACESSADAS