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ENTREVISTA

Papão reforça presença na internet e interação com a torcida 

O uso das redes sociais como canais de comunicação e interação com a torcida vem aumentando nos últimos anos e, com a pandemia, cresceu ainda mais. O clube bicolor, claro, não quer ficar de fora

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Imagem ilustrativa da notícia Papão reforça presença na internet e interação com a torcida  camera Marcone Barbosa ressalta a importância do engajamento até para futuras ações comerciais do clube | Arquivo Pessoal

Sem a presença da torcida desde o início do ano, a importância das redes sociais nos clubes do Brasil aumentou sensivelmente. O Paysandu tem trabalhado num esforço coletivo para reforçar sua marca nas redes, em especial como uma forma alternativa de captação de recursos. Uma boa imagem num meio como a internet, de acesso internacional, traz um diferencial para o clube.

Contratado em maio pelo Papão, o executivo de marketing do clube, Marcone Barbosa, com passagens por Cruzeiro-MG e Fluminense-RJ, revela que na Curuzu ainda se mapeia algumas estratégias a serem utilizadas pelo Paysandu nas redes sociais. “Quem coloca a mão na massa é a equipe de comunicação, eu fico mais na parte estratégica. Cheguei há pouco tempo, mas tenho me envolvido cada vez mais, criando abordagens, tratando do direcionamento da linguagem, do que divulgar em cada área. Estamos com esse pensamento de aprimoramento com mais força”, afirma Barbosa. A seguir, ele fala em entrevista ao Bola sobre a importância das redes para o clube, seu caráter dinâmico e a postura em busca das causas corretas.

P: O Paysandu segue algum modelo de atuação nas redes sociais, seja de outro clube ou de outra instituição?

MB: As redes sociais são praticamente um organismo em constante crescimento. A cada dia há uma novidade, de um dia para o outro uma verdade deixa de ser factível. Há um acompanhamento sistemático de todos envolvidos nessa área no Paysandu. A cada instante há uma referência interessante de ser seguida. O TikTok, por exemplo, começou há muito pouco tempo e se revelou um fenômeno de interatividade. O torcedor está no YouTube com a gente desde 2010, com quase 50 mil seguidores. O Paysandu entrou no TikTok em agosto e já temos metade da quantidade de seguidores do YouTube.

P: Já deu para mensurar o reflexo comercial que o engajamento nas redes sociais trouxe ao clube?

MB: O Paysandu contratou empresas de monitoramento para acompanhar de forma mais precisa esse engajamento, a interatividade dos torcedores com as publicações. Isso vai se tornar produtos comerciais. Já temos um parceiro que trabalha exclusivamente com as redes sociais do clube. Temos mostrado às empresas coisas que podem ser exploradas junto às redes sociais. Isso passa, também, por uma melhor interpretação desses dados que estão sendo passados ao clube.

P: Como é a relação com a diretoria neste trabalho nas redes sociais?

MB: A diretoria do Paysandu dá muita liberdade para os profissionais trabalharem. Tanto o Ricardo (Gluck Paul, presidente do clube) quanto o Maurício (Ettinger, vice-presidente) têm visões estratégicas muito interessantes para o Marketing. O Ricardo tem formação na área e se liga muito nas ações, algumas vezes diretamente em decisões estratégicas. Isso ajuda muito e dá segurança para trabalhar.

P: O Paysandu nunca se furtou a se engajar em ações inclusivas, como campanhas contra o racismo, homofobia, até iniciativas com teor político como postagens contra o desmatamento e as queimadas. Nunca houve prejuízo de imagem em parte da torcida?

MB: O Paysandu tem em sua estrutura uma área de responsabilidade social, isso há tempos. O clube é sempre atuante em questões sociais e que demandam uma atenção maior da sociedade civil. Tenho para mim que um clube de futebol tem poder de transformação enorme. É um canhão de luz para chamar atenção para assuntos que muitas vezes passam despercebidos. São assuntos delicados, mas noto a torcida do Paysandu muito compreensiva. Desde que cheguei, todas as ações do clube em causas como desmatamento, questão racial, a luta contra a homofobia, entre outros, vejo que a torcida tem participado de forma positiva. Em nenhum momento ações como essas geram prejuízos à imagem do clube, a despeito de um ou outro hater da internet.

Termômetro para o humor da Fiel

Membro da Assessoria de Comunicação do Paysandu desde 2015, o jornalista Vitor Castelo começou a tomar conta das redes sociais do clube quando era um trabalho praticamente periférico. Hoje, ele trabalha praticamente somente nesse meio de comunicação, com uma atenção diferenciada a partir de diretrizes do próprio clube. “As redes sociais funcionam como um termômetro para saber se a torcida está satisfeita ou não com alguma coisa”, diz Vitor.

O jornalista ressalta que o clube procura se cercar de vários tipos de aferições para ter uma segurança maior. Isso porque a cada dia as redes sociais se tornam uma forma do mercado medir a possibilidade de investimentos. “Temos nosso relatório, mas temos uma plataforma paga que nos fornece dados e cruzamos com os dados que temos, inclusive com os números que as redes sociais fornecem”.

Vitor faz uma análise de como funciona a assiduidade do torcedor nas redes bicolores, com o comportamento da Fiel variando de uma rede para outra, assim como muda o perfil de cada usuário. “Temos mais seguidores e curtidas no Facebook, mas no Instagram temos mais interações, é um público mais fidelizado. No Facebook a interação só é maior quando tem uma situação importante, como um título, uma vitória importante, algo assim”, diz. “A faixa etária do Instagram é a menor das demais redes. No Facebook é mais massificado, que abriga todas as tribos. O Twitter é o mais ‘elitizado’ ainda, que tem mais interações com textos, opiniões, por exemplo”, completa Vitor.

Interação e informação em primeiro lugar

Sem poder ir ao estádio, torcida usa canais de comunicação pela internet
📷 Sem poder ir ao estádio, torcida usa canais de comunicação pela internet |Jorge Luiz/PSC

Para os torcedores, acompanhar o clube de coração nas redes sociais acaba sendo uma forma mais direta de ter uma ressonância em suas reclamações. Paradoxalmente, mesmo sem estar ao lado nos estádios, os bicolores conseguem se fazer entender quando tem esse canal de comunicação.

“Já critiquei muito a forma que a Ascom se posicionava diante certas situações, mas vejo que eles evoluíram bastante devido os feedbacks da galera. Atualmente eu elogio, estão se mostrando mais abertos e falando de assuntos que ultrapassam o gramado, porque sabemos que nunca é só futebol. O Paysandu como instituição e a História têm devem fazer parte disso. A crítica que tenho é devido a omissão relacionada ao futebol feminino”, observa Luana Chaves, estudante de Engenharia Florestal de 23 anos.

Ana Caroline Ribeiro, 23, estudante de Jornalismo, é de opinião semelhante quanto à forma de acompanhar o time de coração nesse momento. “Acompanhar por Instagram, Twitter, essas coisas do time, é praticamente o único meio de saber sobre tudo o que tá acontecendo. Já era um meio importante antes e agora se tornou o principal”.

Para Luana, acompanhar as redes sociais do Paysandu é uma forma de interagir mais com o clube e se informar. “Mesmo antes da pandemia, eu sempre fui muito ativa nas redes sociais do clube. Agora, com a ausência do estádio, a interação aumentou sim, é a forma que temos de ficar mais próximos”, diz. “Eu procuro saber das informações para poder ‘cornetar’ sem peso na consciência (risos), mas sou muito corneteira, mesmo”, completa Luana.

Caroline confirma a proximidade que as redes sociais trazem quando o assunto é elogiar ou cobrar. “Eu sou muito ativa nas redes porque acho que sou fanática, então é difícil não dar opinião, independente se é pra elogiar ou pra falar mal. Na minha cabeça, a rede social é o meio mais perto que eu consigo chegar de falar o que penso e que talvez possa chegar em pessoas que tomam decisões no clube”.

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