Marcar gol no futebol é sempre o grande objetivo dos jogadores. Muito mais ainda quando se trata de um clássico, como é o caso do Re-Pa de amanhã, no Mangueirão, pela Série C do Brasileiro. Mesmo quem joga na defesa, que tem como primeira obrigação justamente evitar gol do adversário, o desejo não deixa de existir. Que o diga o lateral-direito Ricardo Luz, do Clube do Remo, que em 12 partidas com o “manto” azulino ainda não conseguiu balançar a rede dos adversários. O máximo que ele conseguiu até aqui, em Re-Pa, foi carimbar a trave bicolor no primeiro confronto com o maior rival.
Além de quase marcar no Re-Pa, Luz, de 25 anos, também deu assistência para um dos gols do Leão. Agora, o defensor, nascido na cidade mineira de Nova Lima, quer ir mais além, quebrando com o tabu de ainda não ter deixado sua marca na rede. “Graças a Deus comecei bem aquele clássico com vitória e ajudando os meus companheiros com uma assistência”, lembrou, ontem, no Baenão, o jogador. “Espero poder ter a felicidade de novo de encaixar uma assistência ou mesmo marcar gol”, sonha o jogador, que tem em seu histórico um reduzido número de bolas na rede. Em nove equipes foram apenas dois tentos.
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O jogador não esconde a sua ansiedade para festejar o primeiro gol com a camisa do Leão. “Estou numa expectativa muito grande em fazer o meu primeiro gol com a camisa do Clube do Remo”, revela o lateral, que tem no atacante Hélio um dos parceiros preferidos no grupo. O motivo é a empatia entre os dois dentro e fora de campo. “A gente vem num entrosamento legal. Desde que cheguei, estamos jogando juntos ali do lado direito, com um bom entrosamento”, justifica Luz.
Apesar da vontade de sacudir a rede no clássico de amanhã, o jogador garante não estar se descuidando de sua primeira missão, que é marcar com eficiência o adversário pelo lado direito da defesa azulina. “O lado esquerdo deles é muito forte, então nosso time precisa estar bem preparado”, salienta Luz. Questionado se uma vitória do Leão diante do maior rival poderá embalar o time no restante do campeonato, o lateral foi cauteloso ao responder. “Ainda é muito cedo. Faltam cinco rodadas, mas sabemos a importância desse jogo e desses pontos para a sequência da competição”, observou o lateral.
Luz admite que ainda falta algo para que as laterais do time consigam dar um apoio maior ao ataque do grupo. “Ainda não estamos conseguindo fluir muito as jogadas para a área”, reconhece. “Mas creio que estamos conseguindo distribuir bem a bola para os atacantes”, avalia.
Vitória garante topo e “relax”
Uma vitória amanhã, diante do maior adversário, o Paysandu, não só colocará o Clube do Remo na liderança do Grupo D da Série C do Brasileiro, mas também injetará motivação na equipe para a sequência do campeonato. Para o técnico Paulo Bonamigo, triunfar em clássico tem um significado especial no futebol. “Vencer clássico sempre dá uma vitaminada mental no grupo. A gente sabe disso”, afirma o treinador. O confronto deste final de semana, no Mangueirão, representa, também, a oportunidade de Leão e Papão resgatarem a dignidade do clássico, visto que o último que disputaram não deixou a menor saudade ao torcedor.
O próprio Bonamigo já afirmou que não gosta nem mesmo de recordar da partida, que fugiu completamente a tradição do clássico mais disputado no mundo. “Prefiro lembrar do primeiro Re-Pa pela fase classificatória”, diz. O clássico ao qual o treinador se refere traz mesmo boas lembranças não só a ele, mas a toda a torcida do clube, afinal de contas, o Clube do Remo deixou o gramado do estádio estadual comemorando a vitória por 3 a 2, gols de Hélio, Marlon e Wallace.
A expectativa do treinador em relação ao jogo do domingo é a melhor possível, conforme afirmou na última quinta-feira, no Baenão. “Acredito que vai ser um Re-Pa mais daquele nível”, confia o técnico, tendo na memória a primeira partida entre os rivais pela Série C. “Um Re-Pa com intensidade, com técnica, com transpiração e com inspiração, que realmente é o que vai fazer a diferença. Não adianta só o coração, a raça e a determinação”, salienta o comandante azulino.
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